quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2009/2010



 Cá vamos nós para 2010!
 FELIZ ANO NOVO!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Faxina...

Continuo em triagem, selecção e ...lixo.
Encontrei este poema que achei divertido e que reflecte o meu bem o meu momento actual. É da autoria de Vittoria Rossini e retirei-o do blog schsonia.blogspot.com

Faxina

Estou fazendo faxina
Eliminando as toxinas
E excessos da minha vida
Roupas que nunca uso
Comunidades que nunca olho
Livros que nunca lerei
Maquiagens que nunca terei coragem de experimentar
pessoas que nunca suportei

Estou deixando de seguir
As velhas pegadas atrás do rabo do gato
Estou limpando os meus abarrotados armários
Arrebentando velhos rosários
Transformando em jóias caras
umas simples
outras raras

coloco agora em minha vida
Apenas o que me faz pular da cama
com entusiasmo e alegria
coisas que me façam sentir
o prazer de estar aqui
apenas porque hoje
é dia de faxina

Victtoria rossini


Mooi chôchinha


A minha bichinha que ontem à noite esteve a vomitar e hoje de manhã também, assim que me levantei foi-se deitar em cima da minha almofada, agora está melhor, mas continua chôchinha.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Missão

Quando, à uma da manhã, um gato vomita e outro está com os intestinos desarranjados, é nesses momentos que sinto, em toda a plenitude, a realização da minha missão nesta terra!

Ano velho

Despachado que está o Natal de 2009, já comecei as arrumações para o novo ano. A época é de balanços, mas não gosto de os fazer, não sou nenhuma loja. Gosto é de deitar fora. Apesar de não ligar a datas, e de acordar em 2010 igualzinha àquela que se deitou em 2009, isto é com a mesma cor de cabelo, olhos e pele, feitio e temperamento, __não sei se por superstição ou não__, gosto de começar o ano novo, com tudo arrumado, reciclado, dado, deitado fora, arranjado. Manda a tradição não começarmos o novo ano com coisas avariadas, coisas partidas, rachadas. Parece que a energia do feng-shui não circula.  Portanto, mãos à obra.
Aliás, não compreendo como é que uma alminha penada como eu e sempre a deitar coisas fora consegue ainda arranjar sacos e sacos de papelada, canetas que não escrevem, duas dúzias de frascos vazios, uma dúzia de embalagens vazias de ovos, taparueres sem tampa, boiões de cremes secos, comprimidos fora de prazo, betadine de 2008, agendas de mil novecentos e carqueja, especiarias do tempo das caravelas, farelos e as comidas esquisitas que como com prazo de validade há muito ultrapassado, pacotes de chá em árabe, roupa que jamais me servirá, sapatos onde os meus pés de cinderela já não entram...Ah, e o pilhómetro estava cheio! Como é possível uma pessoa sozinha produzir tanto lixo?
Outra coisa que gost de fazer, é recortar em jornais e revistas previsões para o novo ano, colá-las na minha agenda, e um ano depois verificar que nenhuma das previsões se concretizou.
Quanto à passagem de ano em si, é mais um momento de transgressão permitida, portanto, aproveitemo-lo.       

sábado, 26 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Boas Festas

O Loba das Estepes deseja um Feliz Natal a todos os amigos, e inimigos também; a todos aqueles que __apesar de não concordarem com muita coisa__, têm a paciência de o ler, e também àqueles que não têm paciência; àqueles que têm tempo e aos que não o têm; àqueles que nunca se esquecem, e também aos que se esquecem; àqueles que sabem respeitar a opinião dos outros e conseguem compreender que outras pessoas pensam diferentemente, e também aos outros; àqueles que, com a sua participação o ajudam a ser um espaço melhor, e também aos que não participam. A todos, todos, Feliz Natal.  
O Loba das Estepes deseja um Natal Feliz a todos os seres vivos deste planeta, apesar de saber que muitos milhares não irão ter um final feliz e irão acabar à mesa, e depois, sem ninguém lhes tocar irão directos para o caixote do lixo; outros seres vivos irão passar o Natal na rua, ao frio, à chuva; outros estarão abrigados, mas sozinhos, mas a todos, todos, todos, Feliz Natal.


  

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal, e não Dezembro

Natal, e não Dezembro



Entremos, apressados, friorentos,

numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio

no prédio que amanhã for demolido...

Entremos, inseguros, mas entremos.

Entremos e depressa, em qualquer sítio,

porque esta noite chama-se Dezembro,

porque sofremos, porque temos frio.



Entremos, dois a dois: somos duzentos,

duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa,

a cave, a gruta, o sulco de uma nave...

Entremos, despojados, mas entremos.

De mãos dadas talvez o fogo nasça,

talvez seja Natal e não Dezembro,

talvez universal a consoada.



David Mourão-Ferreira


domingo, 20 de dezembro de 2009

Vigdis Augusta Dale

Disseram-me tratar-se de uma fadista norueguesa, mas não encontrei nem fotografias, nem vídeos dela. Apenas este nome. Se alguém souber onde cantou ou canta, se vive em Portugal ou não, que diga.

E, agora encerro mesmo o Fado Não é Nosso.

Mas, amanhã chega a Liesbeth/ Maria Fernandes, para passar uma semana em Lisboa.

Ruzsa Magdolna O Fado De Se Fadista

Et voilà.
É o último vídeo a publicar no Fado Não é Nosso, aqui a húngara Ruzsa Magdolna.
Agora é que o José vai ficar com os cabelos em pé...Com um cenário tão diferente do ambiente de relogiosidade vivida na Parreirinha de Alfama de tempos passados...
Parece-me tratar-se do Ídolos húngaro ou algo semelhante, pois vê-se um júri e números a passar em rodapé para votar nela.
Eu cá gosto da voz da Rusza.

Que frio!


E esta fotografia foi tirada à hora do almoço, quando o sol ainda dava um arzinho da sua graça e batia nas vidraças da minha marquise...Agora, poucas horas depois, está tudo escuro, já chove e o país está em alerta laranja. A minha cadela que é velhota e de pelo ralo, é muito friorenta e até bate o dente do frio. Mas, esta está bem protegida e agasalhada. Quando penso nesse Portugal fora e dentro e profundo, com temperaturas que descem abaixo de zero, nas centenas e centenas de cães ao frio e à chuva, ou em casotas de cimento sem um simples cartão no chão, e acorrentados, meu Deus, o coração fica feito em frangalhos e, os gatos que se abrigam nos motores dos carros, vejo-os eu, a descer e a subir. Quem gosta de animais sofre muito nestas alturas de frio intenso, porque fica a pensar no frio que eles estão a passar...    

Gaivotas em terra...

...tempestade no mar! E, gaivotas no Rossio, o que significará? Pensei eu, quando esta 4ª feira passei pela Praça do Rossio, e lá estavam elas, muito agitadas. Tão agitadas que, apesar de estar a chover, parei e fotografei-as.
E, pronto. Junto-me agora ao grande número de pessoas que na 4ª feira viu, sentiu e reparou em muitas "coisas estranhas"...É sempre no dia a seguir às coisas acontecerem é que elas dizem que se tinham dado conta de qualquer coisa estranha e até tinham previsto tudo...Ah, e ainda posso acrescentar um calor extemporâneo na 4ª à noite, quem saiu nessa noite, lembrar-se-á. Resta lembrar que foi na madrugada de 5ª que se registou o sismo, de grau 6, ao largo do Algarve.    


Natal, Natal, Natal...

Nunca mais chega ao fim esta quadra natalícia, ela, mais as irritantes músicas, mais o Cardinalli, mais o stress das prendas, mais a obsessão pela comida e bebida, mais a falsa caridade, mais a falsa bondade. É que, a outra vida do dia-a-dia continua, precisamos de comprar pão, cenouras para a sopa, bananas...Minutos e minutos infindáveis para pagar um pacote de chá, porque agora, parece, é altura de comer frutos secos, e mais isto e mais aquilo, e a abóbora para os sonhos, e bacalhau, meu Deus, pirâmides e pirâmides do fiel amigo...horas e horas infindáveis nas filas dos supermercados para pagar o papel higiénico, a lexívia, o detergente para a loiça... santa paciência! Mais do que o consumismo desenfreado por objectos, choca-me mais o consumismo desenfreado pela comida, pelo desperdício, pelo deitar-fora.
Há uma coisa que ainda não percebi, porque é que pessoas que não são crentes, nem cristãs, nem acreditam no nascimento de Jesus, celebram o seu nascimento?
Não me posso esquecer, há dois anos, fui ao CCB para comprar uns bilhetes para um concerto, no mesmo dia, ou melhor noite, do __parece que famosíssimo___, concerto de Natal, tudo muito aperaltado, pois o casal Cavaco Silva estaria presente, casal de grande bom-gosto, toda a gente sabe, e então tudo muito fino. À entrada para o grande auditório encontrava-se um vendedor da CAIS. Ninguém lhe comprou uma revista. Nem sequer olhavam para ele. Ele sorria.
Não quer isto dizer que sejamos todos uns grandes hipócritas, o facto de todos os anos excedermos as entregas para o Banco Alimentar, de haver um excesso de voluntários na noite de Natal nas carrinhas que assistem os sem-abrigo, de darmos a roupa que já não nos serve como se fosse uma grande coisa, não é suficiente. Temos é de passar a dar todo o ano e de nós próprios: do nosso sangue, da nossa medula, do nosso tempo.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Atenção às novas datas de votação do Orçamento Participativo da CML

Quem ama os animais e sabe como eles vivem e morrem no Cani/Gatil da CML, compreende a importância de tudo isto.

Recebi o seguinte mail que passo a divulgar:

«Amigos(as)


Foi posto no site da CML (http://www.cm-lisboa.pt/?idc=41&idi=46678) em 28/12, o seguinte aviso:

“A Câmara Municipal de Lisboa foi alertada por cidadãos participantes na 1ª fase do Orçamento Participativo (OP) para a existência de propostas apresentadas nesta fase que não surgiram na lista de projectos colocados à votação.

Analisadas as situações identificadas, foi detectada uma avaliação inadequada por parte dos serviços da CML relativamente a algumas propostas apresentadas, que teriam condições para virem a ser transformadas em projectos e colocadas à votação.

Face a esta situação a CML decidiu anular, hoje, dia 18 de Dezembro, a 2ª fase do OP. O objectivo é colocar novamente à votação dos cidadãos de Lisboa a lista de todas as propostas apresentadas que cumpram os critérios previamente definidos.

Assim, a 2ª Fase do OP (votação de projectos) voltará a estar operacional no período entre 30/12/2009 a 15/01/2010.”

Até agora os votantes não receberam qualquer e-mail da CML o que seria normal uma vez que entre a 1ª Fase da apresentação de propostas e a 2ª Fase da votação tinham sido convidados a votar através de e-mail pessoal endereçado pela CML.

Guardem o comprovativo da votação que receberam da CML afirmando que tinham votado no projecto das obras no Canil/Gatil, pode vir a ser necessário reuni-los todos.

Cordiais saudações

Campanha de Esterilização de Animais Abandonados

http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/ »

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Câmara Municipal De Lisboa/ Orçamento Participativo 2010

Devem estar ainda lembrados, pois foi em finais de Novembro, a CML abriu aos cidadãos a participação no Orçamento 2010, através do envio de projectos e ideias para melhorar a vida na cidade de Lisboa. Agora, é o momento da votação dos projectos mais votados. E, as obras urgentes no Cani/Gatil Municipal está a votos, graças a todos nós que para lá mandámos o pedido. Portanto, amantes e amigos dos animais ou pessoas que acham que os animais merecem ser tratados com mais dignidade, toca a votar. Passo a divulgar o mail recebido a este propósito:   

«Amigos(as)

O projecto das obras do Canil/Gatil Municipal está aberto à votação, no site da Câmara Municipal de Lisboa, até dia 20 de Dezembro ( próximo domingo). http://www.cm-lisboa.pt/?idc=525 . Tem de se registar ou de já estar registado. Depois de ter votado recebe um e-mail a confirmar a votação.
São mais de 100 projectos e os mais votados serão incluidos no Orçamento de 2010.
As condições em que a maioria dos animais está detida no canil de Lisboa são vergonhosas ( ler em http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/distrito-lisboa-l-o/ )
Fruto dessas condições, grassam as doenças que vitimam, por exemplo, 40% dos gatos que lá dão entrada.
O nosso objectivo é acabarmos com a sobrepopulação de animais e com o abandono que daí deriva e, por conseguinte, com os próprios canis, mas enquanto não o conseguimos é imperioso que os canis garantam aos pobres animais que lá entram o mínimo de bem estar e de salubridade.
VOTE !
Divulgue às suas mailings, ponha nos sites que costuma visitar, os animais abandonados de Lisboa precisam da conjugação de esforços de todos os seus amigos!

Campanha de Esterilização de Animais Abandonados


http://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/»

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Marcela Ortiz Aznar




Recebi, entretanto, da Cidade do México, um agradecimento da fadista mexicana Marcela Ortiz Aznar, pela divulgação do seu trabalho, trabalho este que consiste na divulgação da cultura portuguesa....Não sei se  se lembram dela, pois publiquei o vídeo em Agosto, pouco tempo antes de ter ficado sem PC. Nesta fotografia que "roubei" do My Space desta fadista, reparem na legenda. Não sei se conseguem ler as letrinhas miudinhas, mas vou então divulgá-las:
« Apaixonada por Portugal, tem um projecto próprio __ Poética Saudade Belém__ e outro que quer pôr em marcha Fado by Foreigners, uma espécie de irmandade formada por não-portugueses.» Ora, o que é este projecto senão a ideia subjacente a O Fado Não é Nosso? Já lhe disse que podia aproveitar a minha pesquisa, pois penso que já não há ninguém à face da terra que eu não tenha descoberto a cantar fado...Queria aqui acrescentar que deixei de fora todos e todas os (as) luso-descendentes, apenas porque são muitos, e têm, de certa forma, um ADN comum. Até poderão servir de matéria para outra pesquisa. Entretanto, estou a chegar ao final das publicações... 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Kumiko Tsumori


Não encontrei nenhum vídeo no You Tube da Kumiko Tsumori, mas, na pesquisa, apareceram-me estas fotografias, quando ela viveu em Portugal, e cantou no Páteo de Sant´Ana. 



domingo, 13 de dezembro de 2009

Aniversários & Dietas


A escola onde trabalho fez 50 anos e ofereceu-nos __não sei como lhe hei-de chamar__, enfim, um cenário com comida e bebida. Com brigadeiros, sonhos e bolinhos disto e daquilo. Não há dieta que resista...



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

松田美緒+笹子重治+秋岡欧『Luiza~Naufragio』

A série dos estrangeiros a cantar fado está quase a acabar...
Segundo li, a japonesa Mio Matsuda terá vivido um ano em Portugal.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dia Internacional dos Direitos Humanos

Carta Aberta de Aminetu Haidar à Sociedade Espanhola e ao Mundo



A activista saharaui Aminetu Haidar, que cumpre 25 dias de greve de fome em Lanzarote, divulgou hoje - Dia Mundial dos Direitos Humanos -- um apelo ao Mundo, à Sociedade espanhola e, em particular, às mães, "para a protecção dos direitos do meu povo" e que "apoiem a minha reivindicação, que é o regresso ao Sahara Ocidental".
Texto:
«Hoje dia 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nestes momentos em que se comemora um dia sagrado para a Humanidade, um dia de ideais e de princípios que garantem os direitos básicos; eu, que sou uma defensora dos Direitos Humanos, estou em greve de fome desde há 25 dias por causa da injustiça e da falta de respeito pelo Direitos Humanos.

Hoje, depois da expulsão ilegal da minha terra pelas autoridades marroquinas, depois de ser retida ilegalmente neste aeroporto de Lanzarote pelo Governo espanhol e de ser separada dos meus filhos contra a minha vontade, sinto, mais que nunca, a dor das famílias saharauis separadas desde há 35 anos por um muro de mais de 2.600 quilómetros.

Hoje, como todos os dias, sofro de pensar nos meus companheiros encarcerados, sofro de pensar nos sete activistas de Direitos Humanos que, por decisão arbitrária do governo marroquino, irão comparecer ante um tribunal militar e estão ameaçados com a pena de morte. Penso também na população saharaui, oprimida e reprimida diariamente pela polícia marroquina no Sahara Ocidental. E penso no seu futuro.

Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos felicito todas as pessoas livres que defendem os direitos elementares e que se sacrificam para conseguir a paz no mundo; e, ao mesmo tempo, lanço um apelo urgente para a protecção dos direitos do meu povo, o povo saharaui.

Hoje é também um bom dia para a esperança, um dia que aproveito para pedir ao mundo e em especial a todas as mães, que apoiem a minha reivindicação, que é o regresso ao Sahara Ocidental. Desejo abraçar os meus filhos, desejo viver com eles e com a minha mãe, mas com dignidade.

Hoje quero agradecer à sociedade espanhola a sua solidariedade e contínua defesa dos direitos legítimos do povo saharaui e, também, a sua solidariedade comigo nestes duros momentos.»

Informação distribuída

pela Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental

10-12-2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Animais abandonados

A propósito do vídeo publicado, passo a transcrever um diálogo entre mim e uma pessoa estrangeira a viver em Portugal desde finais de Abril do presente ano.
......................
Eu: Existem em Portugal centenas de milhares de animais abandonados
Ele: Não acredito.
Eu: Posso convidá-lo a visitar alguns canis municipais e canis superlotados de Associações.
Ele: Desde que estou em Portugal, nunca vi um gato na rua!
Eu que "adoro" extrapolações a partir de realidades pessoais...respondi-lhe com Shakespeare, que o mundo é muito maior do que aquilo que nós vemos da nossa janela.
P.S. O percurso diário deste senhor é: moradia em Birre__rodeada de muros de 3m de altura__, A5, 2ªcircular, garagem do edíficio onde trabalha, elevador até ao seu gabinete no 15º andar. Doze horas depois o mesmo percurso em sentido inverso. Ao fim-de-semana gosta de ir a Fátima ou a Óbidos. Ah, já foi também à Batalha, Alcobaça, Peniche e à Feira da Golegã!
No Comments.

o abandono mata! (refugio das patinhas)

Recebi hoje com pedido de divulgação.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Florbela Espanca

Foi também a 8 de Dezembro, que viria a este mundo e dele partiria a poetisa Florbela Espanca. Em sua homenagem transcrevo uma passagem do seu diário, a 22 de Fevereiro de 1930:
« O olhar de um bicho comove-me mais profundamente que um olhar humano. Há lá dentro uma alma que quer falar e não pode, princesa encantada por qualquer fada má. Num grande esforço de compreensão, debruço-me, mergulho os meus olhos nos olhos do meu cão: tu que queres? E os olhos respondem-me e eu não entendo...Ah, ter quatro patas e compreender a súplica humilde, a angustiosa ansiedade daquele olhar! Afinal...de que tendes vós orgulho, ó gentes?...»

Todos os Nomes*

Tendo em conta que também me chamo Conceição, tenho__obrigatoriamente__ de homenagear o dia. Agora, tentar explicar a um estrangeiro de outro credo a essência e significado do dia, aí já é matéria para outro post...
Foi pensando nos nomes pelos quais hoje já respondi, que me ocorreu este post.
É que temos o nome que nos deram os nossos pais na Conservatória e no baptismo.
Temos aquele que nos chamam família e vizinhos, ao qual geralmente se acrescenta inho(a).
Temos aquele que os nossos colegas adoram chamar-nos constituido pelas duas primeiras ou últimas sílabas, como Isa, Alex, Ju, Lina, Linda, Tina, Zé,
Temos aquele que namorados, maridos e gajos de união de facto, adoram chamar-nos, como Bebé, Princesa, Paixão,
Temos aqueles usados em Messengers, chats, redes sociais como Flor de Lotus, Jasmim, Moura Encantada, Tágide Azul,
Temos aqueles usados em chats hots como Coelhinha Marota, Loura Danadinha,
Temos aqueles usados em blogues, que a Conservatória portuguesa não permitiria, como Zoe, já agora, __e sem querer armar-me aos cucos__, não se lê Zói, mas sim Zôé.
E, ainda há, com certeza, aquele nosso nome que só o Criador conhece.
Lembrem-se: «Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens»- Livro das Evidências.

* Nome de livro de José Saramago

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

«É gato, pode ser nuvem»

Flor (que por acaso não aparece desde manhã)
    (Vê se apareces que as tias já andam todas chorosas e aos ais)

«É gato, pode ser nuvem.

Certo é que os gatos examinam com desteorias felinas os milagres da luz e da sombra, talvez possuam mediadores de lusco-fusco na ponta dos bigodes, com razão nos espantamos quando um gato sai de um lugar e vai para o outro dissipando o lugar-antes, inaugurando o lugar-depois.
Os gatos: melhor só observarmos o que fazem-não-fazem e isto é mais do que uma aula, é mais do que simpósio, é mais do que vasto repertório curricular de toda-uma-vida.
Hoje havia um gato em posição de-antes, a caminho de outra posição de-depois, numa ruela de Belo-Horizonte. Guardei comigo a desfotogrfia deste instante. gravei no despapel a aquarela do ato-movimento que ele faz- muito igualzinho ao movimento de uma nuvem, pois nuvens costumam igualmente ser arremedos de gatos.
Fazer um poema: isto seria uma violência com o gato.
Fazer um conto: uma desfaçatez com o gato.
Observá-lo somente: puro júbilo»

Texto retirado (com autorização do autor) do Blog Cidades Escritas, do jornalista e escritor brasileiro Paulinho Assunção

domingo, 6 de dezembro de 2009

Andando


Andando, filme japonês do realizador Kore-Eda Hirokasu, em exibição no King, conta 24 horas na vida de três gerações de uma família, que se encontram para homenagear a memória do filho mais velho, morto ao salvar um adolescente do mar. Através da simplicidade dos gestos da vida quotidiana e de diálogos do di-a-dia, podemos ler tudo o que não foi dito, os ressentimentos passados, as perspectivas para o futuro, as aspirações, ao longo de uma narrativa simples, poética e despretensiosa.   

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Fado Não É Nosso

Hoje, e especialmente para os Vagas ("Um" VagaMundos) vou contar a história da defesa da ideia de que o fado não é nosso, pois existindo como existe no mundo das emoções e da alma, o fado é de quem o sentir.
Eu tenho uma amiga holandesa que canta fado (em português) e que adoptou o nome artístico de Maria Fernandes. Como ela andava um pouco em baixo e em crise de identidade artístisca, em Junho, para a animar, publiquei um video dela que está no You tube: Pinoia. Por acaso, alguns dias depois, leio eu no blog do escritor José Rentes de Carvalho, considerações sobre a identidade do fado, com a ideia subjacente de que o fado já não é nosso,___tendo todo o direito de as ter e tecer__, mas depois, para meu espanto acrescentou algumas coisas sobre a minha amiga e os músicos que a acompanhavam, em comentários pouco lisonjeiros, mas sobretudo pouco rigorosos. Como este escritor não tem caixa de comentários aberta, nem contacto mail visível, a única maneira de me expressar era no meu próprio espaço, o que fiz, a 20 de Junho, caso queiram acompanhar a história. Também não sei como, Rentes de Carvalho acabou por ler o meu post, trocámos alguns mails, pediu desculpas pelas asneiras, e para se redimir ainda recebi uma prenda: Com os Holandeses, autografado pelo autor! Esta foi a primeira parte da história.
Depois, comecei a desenvolver a ideia de demonstrar que a universalidade do fado ultrapassa as nossas fronteirinhas dada a sua própria essência e daí a ideia de começar a publicar videos com estrangeiros a cantar fado. Nasceria assim O Fado Não É Nosso. Trabalhando como trabalho com estrangeiros já conhecia a existência de alguns, outros fui pesquisando e encontrando no You Tube, e assim, ainda em Junho publiquei:
- a japonesa Naomi Chiaki (canta em japonês)
- o japonês Taku (canta em português)
- a croata Jelena Radan (canta em português)
Em Agosto publiquei:
- a catalã Núria Piferrer cujo nome artístico é Névoa (canta em catalão)
- a mexicana Marcela Ortiz (canta em português)
- o japonês Mashiro Iizumi (interpretação de viola portuguesa)
- a japonesa Hideco Tsuquida (canta em japonês e português)
- a romena Maria Radacanu (canta em português)
- as gregas Souzana e Eleni Vougioukli (em português e video gentilmente enviado por Rentes de Carvalho...)
Depois tive de interromper a pesquisa e a publicação, por falta de acesso à funcionalidade Som, e mais tarde por ter ficado mesmo sem o PC durante mais de um mês e meio. Mas, cá estou de volta com estes fadistas estrangeiros até para concluir o que comecei pois ainda tenho dois videos e umas fotografias para publicar. Voilà. Só falta dizer o meu preferido, o japonês Taku. Espero que gostem. 

Naomi Chiaki sings Fado

Dedicado aos Vagas.

Como já repararam está de volta a "série" O Fado Não é Nosso que há uns tempos atrás tinha começado neste espaço. Depois, por falta de acesso à funcionalidade Som, imprescendível numa "pesquisa" deste género e mais tarde por ter ficado mesmo sem o PC durante mais de um mês e meio, interrompi a publicação, mas cá estou de volta com estes fadistas estrangeiros até para concluir o que comecei. Deixo-vos hoje com a elegante, sóbria e contida Naomi Chiaki que já tinha publicado em Junho, mas que não sei porque artes do demo desapareceu o video, ficando só o título...

香川有美 「暗いはしけ」 Barco Negro (Amalia Rodrigues) / fado - Yumi Kagawa

É a mesma fadista: Yumi Kagawa.

香川有見 「難船」 NAUFRAGIO

Continuando a defender a ideia de que O Fado Não É Nosso

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

National Geographic

Recebi, por mail, esta notícia que me parece muito interessante, apesar de o primeiro episódio já ter ido para ar ontem...Mas, ainda poderão ver os outros:

«National Geographic Channel estreia série documental «Ink Rescue» dia 1 de Dezembro
(In DIÁRIO DIGITAL, 23 de Novembro de 2009, http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=14&id_news=422549)
O National Geographic Channel (NGC) vai estrear no dia 1 de Dezembro, às 21:15, a série documental «Ink Rescue», que acompanha uma equipa improvável na defesa pelos direitos dos animais.
Ao longo de seis episódios, a série vai dar a conhecer um grupo de motards que formou uma organização de ajuda animal «completamente diferente de todas as outras que conhecemos», a Rescue Ink, segundo o canal.
Alguns dos elementos da organização têm no passado problemas com as autoridades e situações de violência, mas procuram redimir-se ajudando animais que sofrem abusos por parte dos seres humanos.
Semanalmente, chegam à Ink Rescue, em Long Island, cerca de 100 chamadas a reportar abusos contra animais. Estes homens – porteiros de discotecas, seguranças, bombeiros ou até antigos detectives da polícia de Nova Iorque – respondem a pedidos que nenhuma outra organização acorreria.
O primeiro episódio, «Rebeldes com uma Causa», vai para o ar dia 1, às 21:15. Estará em destaque o caso de um pit bull com um longo historial de ataques que exige acompanhamento especial para uma nova oportunidade de viver num lar, entre outras situações.
Segue-se «Morder a Língua», dia 8, à mesma hora. No dia 15, é transmitido «Encontros Arriscados».
«A Casa dos Horrores» vai para o ar dia 22 de Dezembro. «Missões de Salvamento» tem estreia prevista para dia 29 de Dezembro e, por fim, «Assassinos de Pit Bull» é emitido a 5 de Janeiro.
[Para saber mais acerca do Rescue Ink, por favor visite: http://www.rescueink.org/ e http://channel.nationalgeographic.com/series/rescue-ink-unleashed/all/Overview] »

A propósito ou não, lembrei-me que o Estabelecimento Prisional de Monsanto possui um Hotel para Cães, mantido e gerido por presos que gostam de animais, de os tratar e de lidar com eles. Por achar o projecto muito interessante, assim como os preços de estadia, e indiferente a comentários menos favoráveis que tinha lido na Net, deixei lá, no Verão de 2001, por 15 dias, a minha cadela Luna e não me arrependi. Não veio de lá ferida, nem com pulgas, nem com peladas, como aconteceu este verão a uma pessoa conhecida que deixou a cadela num luxuoso hotel para cães no concelho de Cascais e a cadela veio de lá com um problema de pele. Voltando ao Estabelecimento Prisional de Monsanto: as boxes que vi estavam todas muito limpas, e os cães também eram passeados nos terrenos perto do albergue, que fica mesmo ao lado da prisão. Não consegui apurar para que tesouraria ou contabilidade ia o dinheiro das estadias. No escritório anexo ao albergue, a tratar das formalidades de entrada e pagamentos encontrava-se um homem ainda bastante jovem, reservado, mas muito educado, de calças de ganga e t-hirt, mas, pensei eu, ninguém anda fardado a tratar de animais, então, era eu, sr.guarda para aqui, sr. guarda para ali, o sr. guarda não se desmanchou, mas vim a saber mais tarde que se tratava de um detido...Agora quem ficava com o dinheiro, isso não consegui saber...

E, ainda tudo a propósito, já foram reveladas as melhores fotografias do National Geographic deste ano. Não vou colocar aqui as 29 eleitas, mas uma ou outra de vez em quando, aqui vai a que escolhi para hoje.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Adeus Novembro

Faltam poucas horas para ele acabar. Tanks God, ele e mais a sua maldição, o seu cheiro a sangue,  as horas indefiníveis, a falta de paciência das pessoas que não sabem o que vestir porque ainda não guardaram a roupa de Verão e ainda não tiraram a de Inverno cá para fora, mas uns já tiraram e andam a cheirar a mofo e a naftalina, como elas próprias, e eu não o suporto, porque é Novembro. Aquele que tem o som do domingo de manhã todos os dias do mês e os todos pólenes para eu respirar e asfixiar porque todos os dias são de finados e tudo o que acontece está amaldiçoado, poluído, viscoso, húmido. Esqueci-me de deixar a contagem da água na porta. A lâmpada do dressing room fundiu-se e eu agora apalpo o que não vestir, os collãs torcem-se nas pernas, e os pés engordaram desde o ano passado e não querem entrar nas botas. Nem eles, nem eu. Há também o cheiro a graxa, a chuva, mas não está frio, porque tudo é dúbio, indefinido, glauco: o céu, as pessoas, o patrão do café, o ar que respiramos, o sapateiro que ainda não tem a tinta ouro-velho. Quanto mais escrevo, menos tempo falta. Só uma hora. Até o carteiro se enganou e colocou duas cartas para a minha vizinha do 2º direito na minha caixa do correio, não sei porque não fiz um buraco e enfiei o indicador por ali adiante que é como costumo fazer para abrir cartas, à bruta, senão lá ia eu com as cartas em fanicos, estavam na minha caixa do correio, abri sem querer, agora eu não vou lá bater a casa dela porque já estou de pijama que é de porquinhos grotescos que até têm bonés na cabeça. Não me apetece fazer sopa, nem comê-la. Aliás, não me apetece fazer nada. Mas, porque é que tem de nos apetecer fazer alguma coisa? Não podemos não fazer? É sempre obrigatório, imperioso, imprescendível fazer? Os gatos andam mais inquietos e derrubam tudo à sua passagem, os recipientes de granulado, a água, o tapete pendurado na parede do corredor, a cadela ladra mais e está com faringite, o Farrusco faz urinas territoriais à porta do prédio e andamos à procura da Flor debaixo dos carros para lhe dar a pílula. Porque é Novembro, as iluminações de Natal já estão por todo o lado e já temos de ser bonzinhos, mas ainda não está frio para sermos mesmo bonzinhos, no entanto, já começam a montar as tendas para os circos para as festas de Natal, que feliz deve estar o Menino Jesus ao saber que se comemora o seu nascimento com espectáculos de crueldade contra animais. A cabeleireira, ou melhor, a menina-que-lava-cabeças comprou um casaco de pele de coelho em 2ª ou 3ª mão, em dez prestações, e está desejosa de o estrear, porque pensa que é fino e que ela vai ficar mais fina, pobrezinha. De braço dado com o seu bate-chapas, a passear no centro comercial, ao domingo. A minha arruda secou e a minha gata comeu pétalas de um girassol na jarra, a máquina de lavar chia mais na centrifugação e uma toalha caiu-me no estendal da vizinha de baixo, o barulho do motor do frigorífico é ensurdecedor, porque é Novembro o mês de todas as cores do sangue: o escarlate, o encarnado, o rubro, o carmim, e de todo o cheiro das crisântemos. Falta pouco, muito pouco, escrever é bom, amanhã, mesmo se estiver a chover, o dia nascerá claro e limpo e eu vou pintar o cabelo, as sobrancelhas e as pestanas e tudo o que me passar pelas mãos, porque se acabou a maldição do mês de Novembro.

A História do Peto

Recebi, via mail, esta lindíssima história que passo a partilhar convosco, para que nestas andanças de luta animal, não esmoreçam quando o desânimo vos bater à porta.

«Vale SEMPRE a pena









A História do Peto
por Paula Cairo
2008-11-28

Ao comemorar o seu primeiro aniversário a Animalia resolveu dar aos seus leitores a oportunidade de participarem na nossa revista. Aqui fica a história de Peto, um cão abandonado que teve a sorte de encontrar uma boa dona, mas só aos 14 anos de vida...

O Peto apareceu bebé na rua. E na rua viveu durante 12 anos. Comendo dos caixotes do lixo até duas senhoras repararem nele. Foram-no protegendo dando-lhe comida e água. E o Peto por ali foi ficando. Foi recolhido por duas vezes, por pessoas, que o voltaram a pôr na rua: por ser grande, por deixar a casa cheia de pêlos... (15 kgs, 50 cms de altura). O Peto enquanto viveu na rua foi espancado várias vezes. Durante tempos teve dificuldade em usar as patas traseiras. Foi atropelado mais do que uma vez. Chegou a ser esfaqueado na barriga. Tem Leishmaniose, que vocês conhecem mais como a "Doença da Picada do Mosquito".


Por dormir tantos anos ao relento, tem Artrite. Toma medicação 4 vezes ao dia e vai tomá-la para o resto da vida! O Peto foi atacado várias vezes por cães com "donos perigosos" e tem várias cicatrizes. O Peto enfrentou duas denúncias de vizinhos que não o queriam por ali. Acabou numa das vezes no canil para abate. Foram buscá-lo. Voltou à rua. Um dia, alguém reparou num cão meigo e triste, que se arrastava, cheio de feridas cobertas de sangue, terra e pó. Começou por lhe limpar as feridas. Acabou por saber a sua história e apesar de ter, na altura, quatro gatas em casa, seis meses depois, em Novembro de 2005, levou-o para sua casa muito doente.
Provavelmente não passaria do Inverno...

O Peto faz 16 anos em Novembro/2008, data escolhida, porque ninguém sabe o mês de nascimento, só o ano, por acaso. Partilha a casa harmoniosamente com gatas. O Peto é exactamente o tipo de cão que ninguém adoptaria: é velho, doente, rafeiro... e preto! O Peto não sabe brincar, nem reconhece um brinquedo, mas conseguiu aprender "Obediência de Companhia" e compreende alguma linguagem gestual. O Peto começou ser treinado pela sua dona em Dezembro de 2006. Com 14 anos! A dona do Peto ADORA animais, mas nunca tinha tido um cão seu. Só gatos. Todos recolhidos da rua, como o Peto. Por causa do Peto "viu-se obrigada a mudar de casa", por ter vizinhos que não queriam "o cão que andava na rua" no prédio, chegando alguns deles a espalhar enxofre no interior do mesmo... Quando lhe dizem que ao Peto lhe saiu o "euromilhões", a dona do Peto responde: "A mim também! O Peto é um cão extraordinário! É hoje um canito muito mimado, muito amado e feliz! Só lamento não tê-lo adoptado mais cedo". O Peto foi entretanto "convidado" através de uma Instituição de Solidariedade Social, agregada à Segurança Social para ser um cão de assistência... mas eu penso que o Peto já merece descansar.»


domingo, 29 de novembro de 2009

Seria o Miguel Sousa Tavares?

Em Loures, um caçador foi apanhado a caçar em zona habitacional, recusou-se a pagar a multa, barricou-se num armazém, foi capturado à força e feriu dois polícias. Chamar-lhe grunho seria ofender os porcos, mas burgesso não ofende ninguém.
Sempre achei cobardia pura, total e absoluta  um labregão de 1,80m de espingarda e usando cães a perseguir e matar seres vivos de 20, 30, 40, 50cm. Porque não se metem com seres do tamanho deles, sem armas e olhos nos olhos?

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1434199&seccao=Sul


Frida Kahlo e os animais





Frida Kahlo,__uma das minhas pintoras preferidas___, era também grande amante de animais. Andava sempre com um papagaio, um macaco ou gato ao ombro.

Banco Alimentar


Faz este semana mais uma recolha de alimentos em supermercados.
Quem quer dá, quem não quer não dá, mas não chateia.

Acção de Graças




Depois fomos a correr para a celebração de Acção de Graças em casa de uns americanos a viver em Portugal. Ora, toda a gente sabe que esta festa importantíssima para os americanos se celebra na quarta quinta-feira de Novembro, mas como eles têm quatro filhos pequenos,(e são muito rigorosos com os horários de ir para a cama: 20h30m já está tudo a caminho...) e também havia crianças portuguesas convidadas e julgando eles que as nossas também estão submetidas a estes horários rigorosos de ir para a cama cedo...fizeram a festa no sábado à tarde. Festa esta com raízes muito antigas estimando-se a sua primeira celebração em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos do MayFlower que fundaram a vila em 1620. Na festa de Acção de Graças, as pessoas __independentemente das suas religiões__,agradecem tudo o que conseguiram conquistar durante o ano: saúde, nascimentos, prosperidade, trabalho... As famílias e os amigos reúnem-se e comemoram, comendo pratos típicos à volta de uma mesa farta. O peru recheado é o mais famoso deles. Além desta ave, as pessoas comem batata-doce, puré de batata,legumes cozidos, puré de espinafres, saladas, torta de abóbora e muitas mais deliciosas sobremesas.Tudo isto e muito mais havia hoje em casa dos americanos. O que eu mais gostei foi de um puré de batata-doce.Nos EUA, as instituições de caridade servem refeições aos pobres e mandam cabazes de alimentos para pessoas idosas e doentes.Olha, vem a calhar com a recolha de alimentos nos supermercados a favor do Banco Alimentar, este fim-de-semana.Estamos em sintonia com festa de Acção de Graças americana.

sábado, 28 de novembro de 2009

Sábado de todas as festas


Primeiro foi o almoço de aniversário da minha sobrinha Rosário, que autorizou a publicação da fotografia. Pois, ainda se está a rir quando faz anos porque ainda é muito nova...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Prendas



Recebi ontem da Greenie, coisasverdes, este selinho lindo que agradeço muito e que passo a atribuir a dez blogues com os quais aprendo sempre qualquer coisa ou que lutam por algo.

blogdaanimal

cartadetarot

cronicasdorochedo

cronicasdeumvagamundo

diariodotripulante

jornalanimais

marialuisamoreira

sosalgarveanimals

viagenslacoste

wolkenworte

É-nos pedido também que divulguemos oito traços de carácter, então, cá vão: animalesca (só porque gosto de animais...), teimosa, independente, depressiva, preguiçosa, arrumada, desconfiada, intolerante à mentira ( e a outras coisas também...)-
E agora passo.

Câmara Municipal de Lisboa/ Orçamento participativo 2010

Recebi e passo a divulgar o seguinte apelo, pois segundo testemunhos as condições de vida dos animais no canil terceiromundista da CML são deploráveis.

«Está aberto no site da Câmara Municipal de Lisboa ( link abaixo) o Orçamento participativo que permite aos cidadãos submeter ideias, propostas, para o Orçamento de 2010, até domingo dia 29/11. É fundamental que todas as pessoas deste grupo se inscrevam e falem da necessidade das obras no canil/gatil . É o minímo que podemos fazer por aqueles pobres bichos.


Procurem no site da CML , à esquerda onde diz Orçamento Participativo 2010

Têm de se inscrever primeiro e depois com o vosso e-mail e password escolhem,na área temática, a designação "outras" e especificam " Canil/Gatil Municipal de Lisboa" e descrevem o que se pretende.

Se tiverem dúvidas telefonem para 217988000 e peçam para falar com a equipe do Orçamento Participativo.

Divulguem pelas vossas mailings para sermos centenas.

http://www.cm-lisboa.pt/»

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bob Dylan Blowing in the wind

Há quanto tempo não ouvia, e que saudades!

Paula Rego, botas e gatos




Depois do solinho de ontem que pôs os gatos como lagartos ao sol, veio a chuvinha hoje...chuvinha é gentileza minha. Houve momentos de bastante intensidade.
Detesto engraxar botas: o cheiro, a graxa, os dedos pretos, as unhas sujas, a escova, a meia velha de lã para o brilho final. E, depois de tanto trabalho, ir para a chuva!
Mas, adoro a Paula Rego.
E Pomar.
E Resende.
Falando de vivos.

Gatos ao sol

Farrusco

Linda e fotogénica Flor

Bem contadinhos são cinco: um no r/chão, dois no 1º andar, um no 2º e um no telhado!


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Campanhas de esterilização

Um grupo de cidadãos da nossa cidade, __doridos com a maneira como vivem e são tratados os nossos animais de rua__, juntou-se para pedir à CML que celebre protocolos com associações de animais para esterilização dos animais de rua, que é uma maneira de os proteger e facilitar a sua adopção. Este grupo tem já um site:


E, amanhã, 4ª feira, dia 25 de Novembro, às 18horas estará presente na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, na Praça do Município para fazer ouvir a sua voz e defender a vida daqueles que não têm voz.
Outra proposta a ser ouvida tem a ver com o estado deplorável do canil municipal da CML, e de que aqui já falei a 18 de Agosto. Os relatos e testemunhos que chegam de quem teve a coragem de visitar aquele campo de concentração são absolutamente deprimentes para quem ama os animais e se preocupa com os seus direitos e as suas condições de vida. É inacreditável e inconcebível como num país da União Europeia, em pleno século XXI ainda haja canis terceiro mundistas e uma coisa não percebo, porque é que a Câmara persegue e captura animais de rua, __que a maioria das vezes são bem alimentados e tratados até aos cuidados veterinários por pessoas que nem fazem parte de associações__, para os enfiar naquele malfadado canil? 
Se é sensível a estas problemáticas, junte-se a estes cidadãos. É conveniente estar lá às 17h30m e só poderá intervir quem previamente se inscreveu, na passada 2ª feira.
De uma maneira ou de outra e de acordo com a nossa sensibilidade e com a nossa capacidade de aguentar certas situações de vida animal, podemos fazer sempre qualquer coisa: recolher alimentos e medicamentos para canis, apadrinhar animais, ser FAT, passear animais em canis, fazer donativos, pagar cotas em associações, denunciar situações, fazer pressão junto de câmaras e instituições, divulgar informação. Qualquer coisa é juntar forças para a mudança de mentalidade que tanto almejamos.   

domingo, 22 de novembro de 2009

Fernando Pessoa, sempre

«Nós outros todos, que vivemos animais com mais ou menos complexidade, atravessamos o palco como figurantes que não falam, contentes da solenidade vaidosa do trajecto. Cães e homens, gatos e heróis, pulgas e génios, brincamos a existir, sem pensar nisso (que os melhores pensam só em pensar) sob o grande sossego das estrelas».

Fernando Pessoa, Obras em Prosa
Livro do Desassossego,  Bernardo Soares
P. 285

sábado, 21 de novembro de 2009

ASSASSINA!

Um dia destes, moradores, transeuntes e passantes da Av. de Roma viram escrito na montra da loja da estilista Fátima Lopes, em letras garrafais, a tinta vermelha: ASSASSINA, escrita também no chão. A minha colega que lá passou por volta das 8h 15m ainda viu. Depois, lavaram tudo. Quando ela me contou, perguntei-lhe: E, saiu? Saiu. Porque era tinta de água, se fosse tinta de esmalte já não sairia tão facilmente, respondi-lhe eu.
Esta senhora é conhecida por utilizar peles naturais, por se gabar disso e depois com aquele sorriso idiota que a caracteriza dizer que é natural, é normal. Nada, nada, nada neste mundo justifica o uso de peles naturais, onde toda a gente sabe, e viu quem quis, filmes onde os animais são esfolados vivos para obtenção das peles. Não coloquei nenhum vídeo, porque é muito violento e  porque toda a gente já recebeu na sua caixa de correio estes vídeos. Toda a gente excepto a Fátima Lopes. Mas, não é a única. O João Rôlo também. Mesmo antes de saber que a citada burgessa usava peles naturais detestava os trapos que ela vende, acho-os pirosos, vulgares, sem gosto. João Rôlo, idem, sempre o achei um parolão.
Na mesma avenida, mais à frente, está situada a loja da Ana Salazar. Sóbria, original, de bom gosto, requintada. Não precisa de usar peles naturais nas suas colecções. Tal como Miguel Vieira, aliás conhecido pelo seu amor aos animais e pela defesa dos seus direitos.
Agora é politicamente correcto dizer numa discussão, num debate: não concordo, mas respeito a sua opinião, as suas ideias, blá, blá, blá. Pois eu, esta gentinha não respeito coisíssima nenhuma. Alguém consegue ter respeito por substâncias ou pessoas que provocam vómitos?

Sete cães e uma flauta


Esta semana, numa esquina da Rua Augusta


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Fronteiras Perdidas



Fronteiras Perdidas de José Eduardo Agualusa é um livro delicioso de pequenos contos que se lêem de uma só vez, ideal para quando estamos à espera de qualquer coisa que tenhamos a certeza que vai acontecer em breve, daqui a algum tempo, num futuro mais ou menos próximo: o dentista, o metro, o comboio, a vez no atendimento ao cliente, a enfermeira das análises, a técnica de radiologia, o comboio, a médica de família, as pessoas não-pontuais. Agora, para quem está à espera do Prince Charmant , recomendo o Ulisses ou todos os últimos de Lobo Antunes. Caso já tenham lido todos eles, sigam para Júlio Dinis.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Olha, fomos apurados!



Pois fomos!
Parabéns ao sr. Queiroz, mas o apuramento nada mudou ao que sinto por ele. Continuo sem fé nenhuma no treinador. Nunca tive. Mas, não me perguntem porquê. Já aqui escrevi que são coisas do domínio da intuição, logo inexplicáveis. Não percebo nada de estratégias, 4-4-3, 4-3-3, para mim, são vinte e dois jogadores atrás de uma bola, logo tudo o resto são simpatias ou antipatias. Fé, confiança e convicção. Ou não.
Parabéns também àquela bola que no 1º jogo Portugal-Bósnia, bateu no ferro superior da baliza tuga para logo a seguir bater no ferro lateral esquerdo. E, a outras bolinhas amigas que não entraram.
Parabéns, muitos, muitos a Bruno Alves e Raul Meireles, os artistas dos golos. Por acaso, jogadores do grande, grande e ganhador éfecêpê!  

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Bolas da avó


Para a Turmalina.
Bem cozidas, ou mal cozidas?




terça-feira, 17 de novembro de 2009

A União Zoófila



Faz hoje 58 anos.
E, o que ela tem resistido! Em 1997 a então Presidente Alice Dutra de má memória deixaria atrás de si um canil do 3º mundo e uma associação tão cheia de dívidas que ainda hoje está a pagar e a sofrer as consequências.
Desde então os tempos não têm sido fáceis: lutas internas, conflitos de personalidades, acusações, campanhas de difamação. A tudo ela tem resistido, e as campanhas de pedido de alimentos e medicamentos, ou mantas e cobertores têm tido sempre eco. Isto porque as questões judiciais resolvem-se nos tribunais e as questões relacionais, resolvem-se entre as pessoas e, para além desta realidade, há centenas de cães e gatos para alimentar e cuidar. E, por isso, as pessoas aderem às campanhas e respondem aos pedidos de ajuda da associação. Porque acima de tudo estão e estarão sempre animais. Sem dono, abandonados, feridos, velhos, doentes.
Aproximam-se os tempos difíceis do inverno, do frio e da chuva. E, estes animais precisam muito, de muita coisa.
Para quem tem medo de fazer donativos em dinheiro, pois pensam sempre que o pessoal das associações o mete ao bolso, podem doar rações, latas, gazes, compressas, água oxigenada, medicamentos, desparasitantes; para quem mesmo assim continua com  medo que o pessoal desvie para suas casas estas doações, podem oferecer mantas, cobertores, caminhas, camisolas velhas; e, se mesmo assim continuam com medo de desvios de material, então têm um bom remédio: dêem de vós próprios, isto é do vosso tempo, do vosso dia, da vossa vida. E, aqui não há desculpas.
Ou, então ADOPTEM!












P.S. Como já aqui escrevi a minha querida Mégui que há 11 anos partilha a vida comigo é uma "filha" da UZ, que vivia na cozinha da UZ, na Conde Valbon, sede da associação, naquela época.

Chegaram, enfim!



Bem, eles já chegaram há dois dias ao Centro de Rreprodução de Silves, mas tem havido tanta coisa pelo meio que só hoje coloco a notícia e ainda vamos muito a tempo de festejar. Bem-vindos.
Toda a notícia:
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1410090


Sobre o lince ibérico:
http://linceiberico.icnb.pt/homepage.aspx

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

«Foi preso o número dois da máfia siciliana

conhecido como o Veterinário por causa da sua grande paixão pelos animais...»
Estás a ver, estás a ver?
Mas, o que é que eu deveria estar a ver que não vejo? Isto é, estou muito bem a ver onde é que as pessoas querem chegar, querem chegar ao ponto de que a paixão animal é uma espécie de perversão mental, uma tara, um mau traço de carácter ou vá lá, uma "opção" na vida. Já aqui escrevi que este amor pelos animais é um "dom" que nasce connosco, transversal a todas as camadas sociais, etnias, cores, sexos ou convicções políticas e não é de todo, nem pouco mais ou menos uma opção de vida. É uma estrela que temos gravada na testa e que nos une de uma maneira indizível.
Se há coisa que me exaspera mentalmente, é a generalização. É da parte inferir o todo. Então, por o mafioso siciliano gostar de animais, significa que toda a gente que gosta de animais é mafiosa? Se ele coleccionasse pacotes de acúcar vazios significava que todos os coleccionadores de pacotes de açúcar vazios eram mafiosos? S. Francisco também gostava muito de animais, __o Dia do Animal comemora-se no dia deste santo__, e isso significa que sejamos todos santos? Nem pouco mais ou menos. Nem santos nem mafiosos, só consumidos por uma paixão que quem está de fora não entende, nem pode entender.

Robert Enke

Foi ontem a enterrar Robert Enke. Não vou falar da depressão crónica de que ele padecia e que é tema tabu no mundo do futebol, tão cheio de homens de barba dura. Nem vou falar do coração apertado dos benfiquistas. Nem vou falar dos sete cães abandonados que recolheu, tratou e adoptou aquando da sua estadia em Portugal e que o seguiram quando foi viver para Barcelona. Nem vou falar das campanhas para a PETA a favor dos direitos dos animais.
O que me anda a impacientar é certos comentários e reacções à  sua decisão de pôr termo à vida. Já não tenho paciência para os moralistas, sempre de dedinho espetado a criticarem tudo e todos, sempre, sempre a julgarem os outros e a excluirem-se do que criticam. Até cobarde já lhe chamaram. E, que num mundo em que tanta gente luta desesperadamente pela vida, ele não tinha o direito de fazer o que fez. Pois é, mas quem luta por viver, é porque decidiu lutar. Ele decidiu outra coisa. E, que enquanto uns lutam pela vida, o suicídio é uma afronta a quem luta. Mas, quem decidiu morrer, também se pode ter sentido ofendido com o excesso e superabundância de vida nos outros. Quando estamos cheios de dores nos olhos, a luz do sol, fere-nos mais do que nunca, é-nos insuportável. Como diz o povo: "Cada um sabe de si, e Deus de todos". Cada um sabe de si, da sua dor, da sua incapacidade de a superar, da incapacidade de viver com tanto sofrimento à volta. E, só Deus conhece o coração do suicida, ninguém mais o pode condenar. E, aqueles que pensam que estão acima destas fraquezas e minudências, não sabem que a vida dá muitas voltas e, que a fortaleza de hoje pode ser a fragilidade amanhã, o que hoje temos, amanhã já não. O que hoje são certezas, amanhã são dúvidas e nevoeiro cerrado. Já não suporto mais as pessoas que passavam a vida a cuspir para o alto e a dizer: EU, nunca!



domingo, 15 de novembro de 2009

Torhüter Robert Enke (RIP) für PETA

Robert Enke foi hoje a enterrar. Que descanse em paz.

Diferenças




Ao balcão da padaria do supermercado:

Cliente: Queria seis bolas da avó muito mal cozidas, as mais mal cozidas, s.f.f.

Eu: Queria quatro bolas da avó muito bem cozidas, as mais bem cozidas!

E, as três rimos.

Porque não há-de ser assim no mundo?

sábado, 14 de novembro de 2009

Lourenço, o lutador

Ontem, no seu blog, a Lupa lançou um apelo solidário para ajudar um menino a comprar uma cadeirinha especial, que lhe melhorará a qualidade de vida. Deixo-vos aqui contactos e links.

O endereço do blogue dos pais:
http://lourenco_olutador.blogs.sapo.pt/


Lourenço, o lutador ( Apelo)

«Porque Deus permite que as mães se vão embora?»


Faz hoje cinco anos que a minha mãe partiu. Na impossibilidade de dizer qualquer coisa, deixo-vos com os poetas.

Sempre

Porque Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Porque Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe, não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto do seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade, Antologia Poética.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira, 13

Eu cá não acredito em bruxas, pero que las hay, las hay.

Em casa:
Preto Cabeçudo


                                         Zorro

À porta do prédio:
Flor


Se eu vivesse no tempo da Inquisição, lá íamos todos para a fogueira: e os meus gatos pretos.