segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A História do Peto

Recebi, via mail, esta lindíssima história que passo a partilhar convosco, para que nestas andanças de luta animal, não esmoreçam quando o desânimo vos bater à porta.

«Vale SEMPRE a pena









A História do Peto
por Paula Cairo
2008-11-28

Ao comemorar o seu primeiro aniversário a Animalia resolveu dar aos seus leitores a oportunidade de participarem na nossa revista. Aqui fica a história de Peto, um cão abandonado que teve a sorte de encontrar uma boa dona, mas só aos 14 anos de vida...

O Peto apareceu bebé na rua. E na rua viveu durante 12 anos. Comendo dos caixotes do lixo até duas senhoras repararem nele. Foram-no protegendo dando-lhe comida e água. E o Peto por ali foi ficando. Foi recolhido por duas vezes, por pessoas, que o voltaram a pôr na rua: por ser grande, por deixar a casa cheia de pêlos... (15 kgs, 50 cms de altura). O Peto enquanto viveu na rua foi espancado várias vezes. Durante tempos teve dificuldade em usar as patas traseiras. Foi atropelado mais do que uma vez. Chegou a ser esfaqueado na barriga. Tem Leishmaniose, que vocês conhecem mais como a "Doença da Picada do Mosquito".


Por dormir tantos anos ao relento, tem Artrite. Toma medicação 4 vezes ao dia e vai tomá-la para o resto da vida! O Peto foi atacado várias vezes por cães com "donos perigosos" e tem várias cicatrizes. O Peto enfrentou duas denúncias de vizinhos que não o queriam por ali. Acabou numa das vezes no canil para abate. Foram buscá-lo. Voltou à rua. Um dia, alguém reparou num cão meigo e triste, que se arrastava, cheio de feridas cobertas de sangue, terra e pó. Começou por lhe limpar as feridas. Acabou por saber a sua história e apesar de ter, na altura, quatro gatas em casa, seis meses depois, em Novembro de 2005, levou-o para sua casa muito doente.
Provavelmente não passaria do Inverno...

O Peto faz 16 anos em Novembro/2008, data escolhida, porque ninguém sabe o mês de nascimento, só o ano, por acaso. Partilha a casa harmoniosamente com gatas. O Peto é exactamente o tipo de cão que ninguém adoptaria: é velho, doente, rafeiro... e preto! O Peto não sabe brincar, nem reconhece um brinquedo, mas conseguiu aprender "Obediência de Companhia" e compreende alguma linguagem gestual. O Peto começou ser treinado pela sua dona em Dezembro de 2006. Com 14 anos! A dona do Peto ADORA animais, mas nunca tinha tido um cão seu. Só gatos. Todos recolhidos da rua, como o Peto. Por causa do Peto "viu-se obrigada a mudar de casa", por ter vizinhos que não queriam "o cão que andava na rua" no prédio, chegando alguns deles a espalhar enxofre no interior do mesmo... Quando lhe dizem que ao Peto lhe saiu o "euromilhões", a dona do Peto responde: "A mim também! O Peto é um cão extraordinário! É hoje um canito muito mimado, muito amado e feliz! Só lamento não tê-lo adoptado mais cedo". O Peto foi entretanto "convidado" através de uma Instituição de Solidariedade Social, agregada à Segurança Social para ser um cão de assistência... mas eu penso que o Peto já merece descansar.»


2 comentários:

Carlota e a Turmalina disse...

Deixem o Peto em paz...já percebi que o preconceito com pretos aí é algo bem corriqueiro.Só não sabia que atingia até os animais...aliás fico indignada com a falta de respeito com o animais que impera por aí.A luta é grande.
Bjosss

Zoe disse...

viva turmalina
é verdade turmalina, as pessoas aqui preocupam-se muito com o seu animal de estimação, se este for preferencial de raça...
a luta é grande e a dor que sentimos também
beijinhos
zoe