quinta-feira, 24 de junho de 2010

S. João

Foto tirada da Internet

Gosto do S. João porque os meus pais casaram nesse dia e porque ir passar a noite de S.João ao Porto é um dos meus desejos antigos. Porém, ontem a minha noite de S.João foi deslocar-me às urgências veterenárias com a Mégui com uma maminha inchada, vermelha e dura e a arder de febre. Estava com 40º e para já está com uma inflamação brutal, porque de tão dorida não permitiu o veterinário fazer palpação, mas poderá ser uma mastite ou um tumor mamário. Só daqui a uma semana, depois do tratamento concluído e quando estiver menos dorida, talvez deixe fazer a palpação e poder-se-á fazer um diagnóstico mais preciso. Está prostada e abatida, sem aquela vivacidade que a carateriza. Não ladra quando chego ou quando estou ao telefone, não quer comer nada do que eu estou a comer, e a tristeza dela é a tristeza de todos nós.       

sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago

Tudo já foi dito sobre ele. Quem ama, quem odeia. Quem odeia mas nunca leu. Já lhe foram prestadas todas as homenagens e hoje o povo de Lisboa ou de qualquer parte que aqui se desloque poderá ainda fazê-lo. Como já toda a gente disse e falou e homenageou, só quero acrescentar o grande amor que ele tinha pelos animais expresso através da sua escrista. Podemos ler no seu blog um texto sobre a elefanta Susi, escrito a 19 de Fevereiro de 2009 e que por acaso aqui reproduzi ou outros textos visceralmente contra as touradas. Do Saramago que toda a gente fala fica a homenagem para o defensores dos animais.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Parada à esquina do tempo...



Assim andei eu. Gostaria de dizer de dizer que andei atarefadíssima com a minha tese de mestrado como toda a gente neste momento, ou assoberdada de trabalho, ou cheia de projectos ou qualquer coisa, mas nada disso é verdade. Tenho estado, parada na esquina do tempo, como as palavras deste fado de katia guerreiro, cuja versão da mexicana marcela ortiz me encanta, apesar de a qualidade do video estar muito fraca. Poderia dizer que a presença da Mooi entre mim e o computador é ainda muita viva e não estaria a mentir, pois ainda não regressei ao quarto onde a morte passou e a levou. O computador deixou de ter importância, cada vez mais penso que quem gostava dele era a minha gata e era ela que se divertia com ele, através de mim. Agora é um objecto quase inerte, de tampa para baixo. Nada aconteceu nestes 15 dias, a não ser um concerto do Camané no terraço da cafetaria do Museu do Fado, a inauguração da época balnear em Tróia e um casamento em Malpique/Caria/Belmonte com boda em Maçaínhas da Guarda e de todos estes acontecimentos tirei fotografias bem divertidas que aqui poderia ter colocado. Mas não. Houve também situações do dia-a-dia que me indignaram ou surpreenderam ou alegraram e que poderia ter descrito. Mas não. Começou o campeonato mundial, houve inquéritos e comissões e agitação política e social e a malfadada crise, mas não. Nada me motivou a escrever, ou a ler, ou ouvir.
Também por nos últimos tempos ter privado de muito perto com o sofrimento e a morte, visitando o pai de uma amiga no hospital, num Serviço particularmente pesado, se se pode dizer que existem Serviços leves num hospital...Este contacto frequente com a fronteira ténue entre a vida e a morte leva-nos a relativizar o dia-a-dia e as suas mesquinhices e tudo ou quase tudo deixa de ter importância quando vemos alguém a sofrer numa cama de hospital, muita gente a sofrer em camas de hospitais. Porque imediatamente questionamos o sentido do sofrimento, de tanto sofrimento. A conclusão é que não há sentido.
P.S. Mistérica também é, no final do post a ausência de Publicada por Zoe e os comentários. Sou alheia a todas estas anomalias, mas peço desculpa na mesma.