segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A borrega Choné

Eu frequento veterinários como outros frequentam cafés. Hoje, num dos consultórios veterinários que vou amiúde, uma das médicas recebeu-me com uma borrega ao colo. Fora rejeitada pela mãe, uma ovelha só com uma teta que pariu duas borregas. [Não, juro que não ando sob efeito de substâncias alucinogéneas...] Ora, a veterinária adoptou a borreguita nascida a 24 de Dezembro, que agora vive em casa dela e que quando já não puder viver mais em apartamento irá para uma quinta que possuem, e o marido dela já está proibido de a mandar para o tacho...Ei-la, uma delícia, quando lhe pegamos ao colo, encosta a cabeça ao nosso braço...Reparem nas patorras que ela tem com 11 dias de vida. E, isto é notícia porque não é todos os dias que uma urbanodepressiva anda com uma borrega ao colo, mas não só. Quando estávamos a tirar-lhe fotografias, entrou um jovem dos seus vinte anos que pergunta: Não é um cão, pois não? Ora, esta questão cristaliza bem quanto andamos afastados da nossa natureza, ou demonstra que o rapaz nunca visitou a Quinta Pedagógica...





8 comentários:

A lupa de alguém disse...

Que fofinha e tem roupinha e tudo. Eu passei a infância numa aldeia e conheço bem estas espécies, mas confesso que nunca ouvi falar de ovelhas só com uma teta. Realmente confundir uma borrega com um cão...não é muito comum. A não ser que ele tenha querido fazer uma metáfora já a borreguinha está a ser tratada como um animal de estimação!

Zoe disse...

viva Lupa
eu penso que o rapaz estava a ser sincero, não era do género engraçadinho, penso é que ele nunca tinha visto uma borrega na vida...
quanto a ovelhas com uma teta também foi a primeira vez que tal ouvi, mas o mundo em que vivemos está cheio de coisas estranhas à nossa volta, é só ligarmos as antenas
beijinho
zoe

César Ramos disse...

Boas!

Ontem, muito de madrugada, vim aqui e brinquei com o rapaz que não distingue um cão de uma borrega e, também elogiei a roupinha dela!

Para além de tudo, falei da minha meninice e contei que os meus avós maternos, naqueles tempos, tiveram uma ovelha de estimção - brincava como se fosse cão - e gostava de comer pão[Branca era o seu nome].

Hoje, passei por aqui, e o meu comentário não está cá!

Se calhar, foi o cão que o comeu...

Paciência!

César

Zoe disse...

viva césar

o único comentário seu que me chegou sobre a borreguita foi este acima publicado.
que pena, gostaria de saber mais sobre essa ovelha de estimação, que aliás é o que a Choné se vai tornar.
quanto ao rapaz que todos gozam por confundir um borrego com um cão,ele estava mesmo a ser sincero, eu penso que ele nunca tinha visto um borrego na vida...sem ser no prato!
ela fica linda coma capinha e é muito meiguinha, anda sempre atrás da veterinária que é agora a figura maternal
abraço
zoe

Luisa disse...

Zoe,

Já me fartei de rir, com a pergunta do rapaz. Será que na escola nunca lhe mostraram uma ovelha, desenho de um livro?

Mas o que interessa, no meio disto tudo é a sorte da borreguita, assim todas fossem bafejadas por ela, a sorte. Adoraria, ter espaço e dinheiro para viver no meio de animais.

Obrigada, por nos trazer, esta linda história de natal.

Beijinho

Luisa

Zoe disse...

viva Luísa
toda a gente goza com o rapaz...a ideia que ele deve ter de ovelha,deve ser uma adulta, cheia de lã...

é realmente uma história de Natal, pois ela nasceu a 24 de Dezembro, parto assistido pelos filhos e sobrinhos da vet, ainda crianças.
quanto à quinta dela é muito perto de Lisboa, na Apelação.
Não percamos as esperanças de ter uma quinta!
beijinho
zoe

VagaMundos disse...

Tem um ar super fofinho. Esperemos que não acabe na panela :)
Beijinhos

Zoe disse...

ela é mesmo fofinha e já faz méé...
se depender da vontade da veterinária podemos ficar sossegados...parece que uma ovelha domesticada se comporta como um cão.
beijinho
zoe