quinta-feira, 22 de abril de 2010

Em memória da Mooi


A Mooi foi ontem a enterrar. Na sepultura tem um vasinho de amores-perfeiros amarelos, símbolo do amor perfeito que ela me devotou toda a sua curta vida. Cozi-lhe a mortalha branca, cavei-lhe a sepultura e enterrei-a à sombra de uma árvore de um quintal de uma amiga, que posso avistar de uma janela da minha casa. Teve flores, orações fúnebres, pensamentos bíblicos. Repousa em paz. Penso que, da mesma maneira que não existe uma vida específica, intrínseca e própria para os animais, também não existe uma morte própria para eles. A morte é a morte. A transmutação da matéria, a energia que volta à terra, para se transformar. A essência da morte é a mesma para o mundo animal humano ou não-humano.       

6 comentários:

Carlota e a Turmalina disse...

Que ela esteja agora fazendo a festa no céu :o)

A lupa de alguém disse...

Olá Zoe. Acompanhei a história da Mooi. É sempre triste perder um animal de estimação. Mas de certo que as lembranças não se perdem. Beijinhos

Zoe disse...

Viva turmalina
Eu acredito mesmo que haja o céu dos gatos, e que um dia, nos novos céus e na nova terra ela, lá estaremos todos, mas, que falta ela me faz cá na terra!

Zoe disse...

Olá Lupa
As lembranças não se perdem e estão muito presentes, vejo a minha gata em todo o lado, porque ela andava sempre atrás de mim.
beijinho

Paulo Matos disse...

Tenho muito pesar pela gatinha MOOI. Está agora a descansar de todo o sofrimento que passou, mas acho que tu, "Lobona das Estepes", foi o melhor que lhe podia ter acontecido quando a encontramos no aeroporto. Ela muito timida, não imaginava naquele momento, a sorte que teve naquele dia. Se tu não tivesses chegado naquele dia e naquela hora de viagem, a MOOI nunca teria a oportunidade de ter uma companheira como tu.
Beijinhos

Zoe disse...

pois foi Paulo, no dia 3 de Setembro de 2006,pelas 21h30m no Aeroporto de Lisboa. Aliás, no ano passado, a 3 de Setembro, escrevi aqui um post a contar a história.

toda a gente me fala de que ela já não está a sofrer, é curioso porque nunca lhe detectei sinais de sofrimento, ela fez, até aos últimos momentos de vida a sua vida normal: comia com satisfação, aliás, sofreguidão; ia para o seu lugar preferido ao sol,em cima da máquina de lavar, ou junto com os outros; aparava as unhas nos meus sapatos; vinha para cima da mesa colocar-se entre mim e o computador, dormia na minha almofada e amassava-me o cabelo. Nunca ficou amochada a um canto sem comer, ao contrário das crises de subida da creatina, que já não tinha nenhuma há largos meses.

Depois, deu-lhe uma espécie de avc, ficou inconsciente e partiu algumas horas depois, sem um estremecimento.