domingo, 31 de maio de 2009

Quando eu ganhar o euromilhões...

Quero uma piscina assim. Tem lá alguma graça aquelas piscinas rectangulares, muito simétricas, muito limpinhas?? Assim é que é divertido, e eu e o pessoal cá de casa deixávamos de nos arrastar pela casa, todos espapaçados pelo calor, queremos lá saber das eleições europeias, da vitória do meu éfecêpê na Taça de Portugal, do professor Marcelo, da eleição falhada do provedor de justiça, do BPN e do Oliveira Costa, da campanha eleitoral, do avô cantigas, do imposto europeu, da papa maizena...o que nós queríamos agora era ir brincar para esta piscina...

Janis Joplin

Hoje, Júlio Machado Vaz terminou a sua crónica O amor é, na Antena 1, com Janis Joplin: Cry baby.

Tinha-me esquecido de quanto gosto da Janis Joplin!

E, de repente, lembrei-me da Patti Smith, da Kate Bush.
Com as pessoas é a mesma coisa, esquecemo-nos que gostamos delas.
Deixo-vos com a Janis.

sábado, 30 de maio de 2009

Coisas que me complicam com o sistema nervoso central

[Que é frágil!!!!]

Criancinhas a gritarem: TI-NO-NI, TI-NO-NI...

Caramba, se elas não nascem ensinadas, porque raio lhes ensinam estas idiotices???

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Juiz Gouveia Barros

Já sei porque é que o juiz desembargador Gouveia Barros não quer mostrar a cara!

[Tem medo de mim!]

Senhor,
dê-me paciência
para suportar certas pessoas
mas,
não me dê forças
senão,
parto-lhes o focinho!

(Antena 1, Rubrica: O Amor é, de Júlio Machado Vaz, poema enviado por um ouvinte)

Este juiz não foi imparcial, e a sua decisão fundamentou-se numa certa animosidade contra a D. Florinda, resultante de umas declarações que a senhora teria feito e que a ele lhe pareceram que ela não batia bem da bola (não bate certo, nas palavras dele). Ora, espera-se de um juiz mais objectividade, leitura aprofundada dos processos e rigor. E, fundamentou também a sua decisão no facto de a menina ter uma família e que existe uma Segurança Social russa. Não sei porquê, mas não lhes faço confiança alguma. Nem na família, nem na SS. Voltando à falta de imparcialidade do juiz: isto significa que em teoria ninguém pode confiar numa decisão judicial, basta um juiz racista não gostar da minha cor de pele e o meu veredicto está ditado: culpada. E, quem diz tonalidade de pele, diz orientação sexual, ou penteado, ou maneira de vestir, ou pronúncia ou qualquer outro pormenor que gere no juiz animosidade e estamos feitos...
Mas, o que eu queria inicialmente dizer é que não é só o juiz que é culpado. Existem também os técnicos da Segurança Social, a Comissão de Protecção de Menores, e aqui já há muita gente para se lhe partir o focinho. Para quem viu ontem o debate no Aqui e Agora, ninguém falhou; tudo técnicos competentíssimos, exímios, rigorosos... Porque será então que a menina foi entregue a uma mãe alcoólica, sem trabalho e catapultada para a pobreza de uma aldeia russa?
Match Point! Lembram-se do filme?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Zorro


Agora que o Pedro "está de volta", cá vai uma foto do meu Zorro, para inspiração...

Jardim Zoológico

Ainda a propósito da crueldade que está subjacente a todos os zoológicos do mundo, achei este poema na Rua da Judiaria que aqui vos deixo. Reparem bem quando é que este senhor viveu: 1864-1926, numa época em que não se falava de habitat natural ou meio ambiente e ninguém se preocupava com direitos dos animais.


No Jardim Zoológico

O céu está cinzento com chuva que não cairá,
Nos carreiros de argila há poças de fantasmagórica neblina.
Empestada com imemorial tristeza,
A terra cinzenta drena a coragem de existir.

Pobres criaturas dos trópicos, encurraladas em terras do norte,
Eu também desejo o sol e sou escravo.
O meu coração está convosco,
Compreendo o leão que se volta vivo na sua sepultura.

Israel Zangwill (1864-1926), escritor, dramaturgo e poeta.

O Jardim Zoológico de Lisboa comemora hoje 125 anos

A este propósito deixo-vos com um texto de José Saramago, extraído do seu blogue: O Caderno de Saramago, a 19 de Fevereiro de 2009:
«Susi
By José Saramago
Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.
Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?»

Dia Europeu do Vizinho


No dia do vizinho quero prestar uma homenagem aos meus queridos vizinhos. Tanta coisa que tenho ouvido as pessoas contar (desde mandar excrementos de animais para as portas uns dos outros, barulho, carros riscados) que hoje, só posso prestar homenagem aos meus. Apesar de não vivermos num bairro histórico, onde, it seems, as pessoas são mais solidárias e amigas umas das outras, no nosso prédio vivemos em espírito de aldeia, com tudo o que isso tem de bom. A certeza é que, se precisar, posso contar com eles, e isso é muito confortável. Li algures que os vizinhos são a família que está perto, aqui vivendo lado a lado, paredes meias, dia após dia, noite após noite. A fotografia que ilustra este texto cristaliza o espírito em que vivemos cá no condomínio. No Natal a minha irmã ofereceu-me esta costela de Adão. Ora, é uma planta que cresce muito, podendo atingir dois ou três metros de altura e precisava de um vaso muito grande para se desenvolver. Como eu não tinha nenhum, e o meu vizinho do lado tinha um grande vaso velho e vazio aqui na escada, pedi-lhe. Pois, ele vai e ofereceu-me um novinho em folha! Depois, tive outro problema: iria precisar de muitos pacotes de terra para encher o vaso, pois embora na não pareça, ele mede 70 cm de altura. Então, a minha vizinha do rés-do-chão ofereceu-se para trazer terra da quinta do irmão. Assim foi. O marido subiu até ao terceiro andar não sei quantos quilos de terra às costas para encher o vaso oferecido pelo vizinho do lado. O resultado de toda esta cadeia foi esta planta a enfeitar a nossa escada. Eles são tão importantes para mim, que nos meus arquivos de fotografias, tenho uma pasta só para eles: chama-se: Praceta, prédio e vizinhos. Por razões de privacidade, só poderei colocar algumas delas. Falta nas fotografias o gosto do doce de abóbora da minha vizinha do rés-do-chão, os ovos de gema amarela, amarela da vizinha do 1º, as laranjas e limões que recebo de ambas. O material para reciclar que o meu vizinho do 1º me leva ao ecoponto, a vizinha do 1º que aos 94 anos ainda vai toda coquette para o centro de dia...Quer isto dizer que andamos todos os dias aos beijinhos e abraços? Pas du tout, que eu cá nem sou muito beijoqueira, temos de vez em quando os nossos amuos, motivadas geralmente por causa dos animais, porque há quem não goste, há quem tolere os gatos, mas não goste de pombos, há quem goste dos gatos, mas não goste dos donos dos cães que não recolhem as necessidades, eu cá como gosto de todos, defendo-os sempre e o resultado são as nossas zangazinhas e às vezes andamos meses apenas a rosnar bom dia e boa tarde, mas depois lá pensamos que afinal este é a nossa realidade e é assim que nós somos e não como desejaríamos que fôssemos, eu desejaria que eles todos amassem animais como eu amo e eles certamente desejariam que eu não amasse tanto os animais como amo, mas este é nosso mundo, hic at nunc. a nossa realidade e é com ele que temos de viver todos os dias e assim, no outro dia lá voltamos às conversas agradáveis e às pequenas gentilezas e coscuvilhices. Tenho muita sorte.
Mais fotos seguem amanhã.
P.S. Pois claro que não incluo nesta homenagem os bimbos, badamecos, burgessos que fizeram as denúncias e que motivaram a visita dos fiscais da Câmara, para esses é...cocó de gato!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Parabéns blog


O meu blog fez ontem um mês, e eu não lhe liguei nenhuma, nem os parabéns lhe dei. Também, com um mês ainda nem se ri para mim...

Neste mês retirei várias lições: que as notícias correm a uma velocidade alucinante e que se não comentamos hoje, amanhã já está desactualizado...

Assim, ficou por comentar o Aqui e Agora sobre animais de estimação e o mundo que a vet municipal, o caçador e a legisladora nos quiseram fazer passar: são todos bons, bonitos e gentis. Como diz o Miguel Sousa Tavares, os activistas dos direitos dos animais não têm mais nada que fazer, e então inventam causas...

Ficou também por comentar a desconjuntada mental de Espinho, que um cooperativismo inqualificável protegeu durante três anos e lhe fez chegar as recentes queixas. Chocou-me o parolismo da prof invocar o seu grau académico, com ele ameaçando quem dela fizer queixa. Também na blogosfera há quem desculpabilize a desconjuntada invocando a ilegalidade da gravação levada a cabo por adolescentes perversas manipuladas por mães mal-educadas e com o 12º ano, a pobre vítima foi provocada e a gravação descontextualizada...
Mas, houve uma coisa que muito me chocou: a criaturinha diz amiguíssimos...

Também não comentei a morte de João Benard da Costa. Já muito foi dito e escrito. Tenho por ele a admiração de quem ama profundamente o seu trabalho.

Um jovem de 25 anos ganha a Palma de Ouro de Cannes para as curtas. João Benard da Costa haveria de gostar.

Penso que já está tudo em dia. Ah! não, já me esquecia do caso da menina russa que o Tribunal da Relação de Guimarães retira brutalmente de um quadro afectivo estável e de uma língua materna e entrega a uma mãe alcoólica e sem trabalho, (noutro país e noutra língua) a quem a bebé tinha sido retirada por maus tratos. Mas, foi tudo legal, por isso, podem dormir descansados. E, aqueles açoites? O Tribunal Da Relação de Guimarães pode ficar descansado, a Rússia não faz parte do grupo de países onde os castigos corporais são considerados crime. Portanto, tudo está a correr dentro da Lei, e isso é que é preciso, não é agora como a ilícita gravação de Espinho...Sinceramente, o que aquele ou aquela juíza mereciam era arrochada num sítio que eu cá sei...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

E, a Boneca está viva!!!!!!!!!!

E, eu a fazer-lhe orações fúnebres!
Hoje ao fim da tarde apareceu no quintal a miar. Nem queríamos acreditar. Era mesmo ela, e não uma fiha dela que é igualzinha a ela, sem o terrível balão. Como não temos acesso ao quintal, mandámos-lhe pescada crua, o prato favorito dela.
Grande Boneca!

Nani

O Nani apareceu! O Nani está vivo! IUPI! IUPI!
Ao fim de 12 dias de pura vadiagem apareceu para o pequeno-almoço e, bazou logo a seguir...
Mas, deu para ficar contente. Além disso está bastante "apresentável": não tem nenhum olho de fora, não está coxo, não está ferido.

Parabéns Mana

Hoje faz a minha irmã anos.
Há muitos anos anos atrás cheguei ao pé da João, minha coleguinha de escola e disse-lhe: Hoje a minha mana faz 15 anos! Resposta: Ah! Tão velha!
Tínhamos 7 anos, andávamos na 2ª classe e éramos minúsculas!
Hoje estamos todas velhas!!!!

domingo, 24 de maio de 2009

Adeus Boneca




A Boneca já deve estar no Céu dos Gatos, para sossego dela e nosso. Sexta-feira, apesar de um tumor que parecia um balão e que mal a deixava andar, foi capaz de subir este muro que mede mais de um metro.

De seguida, e depois de várias tentativas conseguiu saltar para outro muro, o oblíquo, e depois ainda para outro que já não se vê na foto.


Para chegar enfim ao quintal onde nasceu, amou, pariu e escolheu para se recolher e partir. Mesmo presa ao seu destino de gata, escolheu a sua vida, os seus quintais, os seus parceiros, os seus amigos humanos que nunca lhe fizeram uma festa nem se chegaram perto dela, porque ela era arisca e tinha accionado mecanismos de defesa tão fortes que lhe permitiram chegar a tão respeitável idade, vivendo na rua. Independente, andava por onde bem queria, com quem bem lhe apetecia, desaparecia sem dar justificações a ninguém, às vezes por longos períodos. O ano passado no verão, deixou-nos de coração sobressaltado ao desaparecer por um mês. Apareceu magríssima, retemperou forças para desaparecer por outro mês inteiro. Este tumor era a terceira vez que se desenvolvia, depois de ter rebentado por duas vezes. Era uma força da natureza e da sobrevivência, e nunca desistiu, nem no momento de partir, ao subir aqueles muros para chegar ao quintal. Mesmo presa ao seu destino de gata, viveu-o em plenitude. Ciao Boneca.

sábado, 23 de maio de 2009

Concursos Públicos

Tenho um amigo que acha que todos os concursos públicos estão viciados, corrompidos, que só existem para colocação de quem já está lá dentro ou para colocar amigos e família do presidente da câmara ou outros dirigentes. Obviamente que discordo dele pela formulação apresentada, pois a generalização que lhe está subjacente, como todas as generalizações __sobre seja o que quer que seja__ é perigosa, falaciosa e pode ter consequências bastantes funestas, porque se fundamentam em clichés, preconceitos e lugares comuns. No entanto, e não sendo para dar razão ao meu amigo, não posso deixar de não publicar este post. Então, a história é a seguinte: ainda está a decorrer um concurso público lançado pela Câmara Municipal de Oeiras, portanto ainda on-line no respectivo site, que envia directamente para o DR, 2ª série-nº89-8 de Maio. Não vou transcrever todo o anúncio, apenas o que interessa:
3- Caracterização do posto de trabalho:
Exercer com autonomia e responsabilidade de funções consultivas, de estudo, planeamento, concepção, avaliação e aplicação de métodos e processos de natureza técnica e/ou científica, que fundamentam e preparam a decisão correspondente ao grau de complexidade 3, nomeadamente as seguintes actividades: Aplicar os conhecimentos e métodos inerentes à sua qualificação profissional, nomeadamente quanto à realização de tarefas que lhe venham a ser propostas relacionadas com a promoção da Arte e Cultura.
.............
7- Área de formação académica ou profissional: Filosofia.
Ora, aqui é que tudo começa a escurecer. Como se o grau de licenciatura em Filosofia, só por si, conferisse uma aptidão especial e iluminada para a Arte e a Cultura. A apetência para a cultura não está ligada a nenhum grau académico, porque existem os autodidactas, os desejosos de estar sempre a aprender e que têm uma curiosidade devoradora pelo mundo que os rodeia, e isto não está ligado a nenhuma licenciatura em particular. Conheci um rapaz que (penso) não chegou a concluir o 9º ano e que possui uma cultura muito, muito acima da média, não há nada nem ninguém que ele desconheça de literatura, pintura, música. Em contrapartida, nos dois anos que fiz de Filosofia encontrei pessoas incultas: não abriam um livro para além dos obrigatórios no curso, não frequentavam salas de cinema ou teatro, não iam a uma exposição ou visitavam um Museu...
O mesmo tipo de reflexão, mas de uma forma divertida, deu origem a este texto, da autoria da Ana Amaro, licenciada em Filosofia, variante História das Ideias, e que mo enviou por mail, e posteriormente me deu permissão de o publicar. Tem private joks, mas isso não tem importância. Cá vai:
"Estive a pensar seriamente e conclui que:
a vaga para licenciados em filosofia aberta em Oeiras pode ser:
um fetiche supremo do presidente da Câmara de Oeiras, por considerar que:
a) As meninas de filosofia ficam mais bonitas nos jardins da cidade
b) As meninas de filosofia são flores garridas que embelezam a comunidade
c) As meninas de filosofia sabem rimar (ver a) e b))
d) As meninas de filosofia sabem (a)mar
e) As meninas de filosofia sabem o mesmo que os outros, mas parece que sabem mais
f) As meninas de filosofia gostam da pizzaria que existe no jardim ao pé do mar
g) As meninas de filosofia dominam áreas como cultura, desporto e lazer
- As meninas de filosofia são virtuosas ou moram perto de palácios que anseiam por obras de restauro
- As meninas de filosofia fazem com dificuldade o pino e notas de rodapé mas sabem que ser-o-aí, não é só estar na estação à espera do comboio
- As meninas de filosofia nunca fazem só filosofia, fazem logo qualquer coisa a seguir, para fingir que querem arranjar emprego noutra área e não idolatram alguns professores, curvando-se em delírio (Susana-Caeiro) ou em respeito (...)
- As meninas de filosofia compreendem a lógica da coisa
- As meninas de filosofia são vegetarianas, logo, espiritualmente dotadas de grande equilíbrio
- As meninas de filosofia são jovens em movimento com sensibilização ambiental
- As meninas de filosofia reconhecem que Oeiras é um Concelho com CÊ!
- As meninas de filosofia sabem, melhor do que ninguém, que requalificar é qualificar outra vez
- As meninas de filosofia não têm paciência para terminar de substituir os tracinhos por letrinhas e por isso são especiais
Ui.. e se, numa hipótese muiiittto remota..for CUNHA!? "

Manuela Moura Guedes e António Marinho

Há pessoas que só o tom de voz me irrita. A Manuela Moura Guedes é uma delas, também não vejo a TVI, mas a cena de ontem entre ela e o bastonário da Ordem dos Advogados já está por todo o lado. Marinho disse alto, muito alto aquilo que muita gente pensa, ou alguém tem dúvidas que, a MMG está onde está porque é a mulher do José Eduardo Moniz? E, que a perseguição sem açaime a José Sócrates começou depois de ele dizer que o Jornal Nacional das 6ªs feiras era um jornaleco de extrema-direita que o JEM tinha arranjado para a mulher se distrair? Pessoalmente acho que houve um momento na carreira de MMG em que ela esteve muito bem, foi quando fez o anúncio para o detergente de máquina Ariel...Foi, sem dúvida, o seu momento mais alto de televisão. Para quem não viu, aqui está o video:

http://www.youtube.com/watch?v=5K_F53MXVrc

sexta-feira, 22 de maio de 2009

If

Acabei de ler um pequeno livro de contos de Rudyard Kipling: Três contos da Índia e lembrei-me do If...e de há quantos anos eu o tinha esquecido. Não sei se este poema teve alguma importância para vós, mas quando era a adolescente, para mim e um grupo de amigas, era o nosso hino. Cá vai ele, em versão original.
If
If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream--and not make dreams your master,
If you can think--and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings --nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that's in it,
And --which is more-- you'll be a Man, my son!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Querido Nani

Lembram-se do Nani, que até o Pedro lhe dedicou um poema?

Eu e o gato
Revejo nele impaciência e espera perdida
Revejo, ainda, a tarde lenta que teima em cair
A verdade que ainda não sonhou,
também a revejo,
no seu íngreme olhar … senta-se
como se a verdade fosse inútil
E todo o resto passa nas dianteiras,
num optimismo gnóstico
O que vê, o que sente ou não sente
são apenas lamentos de um luto adiado
Sinto-me nesse mesmo banco do jardim…
Sem que os pensamentos me atordoassem
Sinto-me, em verdade,
o gato que por ser anónimo tem um nome.


Pois, o Nani não aparece há precisamente uma semana. Gatas, extraviado, atropelado? Temos muitas, muitas saudades dele, é o nosso menino querido. É o único que se deita e rebola para lhe fazermos festas na barriga, e estamos a falar de um gato de rua que nunca esteve numa casa. Tenho agora remorsos de não nos termos esforçado mais para o apanhar. É que ele deita-se e rebola, mas não se deixa agarrar, nem pegar ao colo e muito menos pôr dentro da transportadora. Fizemos meia dúzia de infrutíferas tentativas, mas deveríamos ter insistido mais. Agora procuramo-lo por todo o lado.
Relativamente à Boneca, as notícias também não são animadoras. Nem sabemos como é que com um tumor na mama do tamanho de um balão, ainda consegue comer três vezes ao dia, ainda pede comida, ainda se consola com pescada crua, já não tem força para subir para cima das motas, mas ainda consegue fugir dos cães e subir alguns metros (uns 3 ou 4) de uma árvore. Esta gata é uma força da natureza. Nunca lhe fizemos uma festa ou nos deixou aproximar. Já não posso ouvir algumas pessoas de ar choroso:
coitadinha! Porque é que não a apanham?
PORQUE NÃO CONSEGUIMOS!!!!!!
Ai, coitadinha, deve estar a sofrer tanto! tenho tanto pena dela!
Não têm mais pena do que nós, que a alimentamos, lhe damos antibióticos e a protegemos como pudemos.
Pensavam que era tudo? Não. Hoje tivemos a visita de dois fiscais da Câmara, por denúncias... Agora não podemos deixar comedouros à vista desarmada, isto é temos de esperar que os nossos amigos comam e depois recolhemos os recipientes. Só deixamos a água.
Ainda dizem que andamos nestas andanças por opção! Santa paciência!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Coisas que me põem piursa


É receber mails de ninhadas para dar!
Caramba, essa gente nunca ouviu falar de pílula, esterilização? Custa dinheiro, ah pois custa, é uma maçada sacrificar o último modelo de telemóvel, o ipod, a playstation, o LCD, o plasma, os pequenos-almoços e lanches fora, mas abdicar de isso tudo, nem pensar. E, os bebés são tão queridos, tão fofinhos! Cutchi, cutchi! Depois crescem e já não têm piada nenhuma, além disso, roem e estragam tudo, por isso rua com eles.
Com tantos animais abandonados, nos canis municipais à espera da morte e os canis das instituições a abarrotar, é uma irresponsabilidade deixar avançar uma gravidez. Mais direi, é gozar com a cara de quem diariamente cuida e trata de animais de rua e em instituições, gasta tempo e dinheiro com animais que já tiveram donos e foram abandonados à sua sorte.
O último mail que recebi é de uma ninhada de oito cachorros! Têm um mês e 8 dias e adivinham-se de grande porte, de enormíssimo porte. Reencaminho esses mails apenas pelos animais em questão, porque esses donos não me merecem o mínimo de consideração.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Globos de Ouro


Já decorreram dois dias sobre o evento e ainda me faltou dizer uma coisa. Verdade, verdadinha, pouco depois da actriz que encarnou Amália botar discurso, caí redonda de sono para a esquerda. (Eu estava sentada) Mas, ainda vi a sonsa da Mariza espantar-se aquando do anúncio do prémio. O quê, eu??? ah! não estava nada à espera!! No entanto, trazia uma folha com o discurso escrito. E, depois não percebi aquela referência ao ministro. Qual? Devia estar a referir-se ao Ministro das Finanças que não a teria avisado a tempo da bronca que haveria de se abater sobre o BPN, e onde o "nosso" Luís Figo teria perdido 700 000 euros. Deve ser disso que ela se queixa.
Entretanto, ontem à ontem Mário Crespo entrevistou Paulo Portas. É qualquer coisa como me servirem Coelho à Caçador, isto é duplo vómito.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Gala Globos de Ouro

Aqui há tempos atrás, fiquei bastante surpreendida com os nomeados dos Globos de Ouro na categoria de desporto para o Melhor Jogador de Futebol, que premeia quatro futebolistas portugueses. É que para mim, um dos nomeados e o vencedor absoluto deveria ser a equipa de futebol do Estrela da Amadora, pelo seu empenho, esforço, abnegação, entrega e, porque no início do mês de Abril, esta temporada (decorridos então 7 meses) só tinha recebido 2 meses de ordenado adiantados pelo Fundo de Garantia Salarial do Sindicato e parte de um ordenado pago pela direcção. Isto sim, são homens com h grande. E, pergunto eu que não percebo nada de futebol, para que serve a Liga Portuguesa de Futebol Profissional? E, a Federação Portuguesa de Futebol? Quanto ganhará aquele seleccionador que consegue brilhantes empates contra dez albaneses? Afinal, já não quero saber, deve ser demasiado obsceno e tenho o estômago sensível. Penso que estes jogadores mereciam um prémio qualquer e não me conformo.
Se me saísse o Euro milhões comprava o Estrela, pagava os ordenados em atraso e tornava-me uma abramovitcha! Ah, claro, e contratava o José Mourinho e o Estrela haveria de ganhar o campeonato, a Taça, a Liga dos Campeões, tudo. E, os jogadores teriam a dispensa cheia e ferraris vermelhos.
Viva o Estrela da Amadora!
P.S. Já percebi porque é que a equipa do Estrela não aparece nos nomeados! É que são premiados os jogadores que mais se distinguiram na época de 2007/2008!
Para o ano, tenho a certeza, vão ser nomeados e ganhar!

domingo, 17 de maio de 2009

Fernando Pessoa


"Nós outros todos, que vivemos animais com mais ou menos complexidade, atravessamos o palco como figurantes que não falam, contentes da solenidade vaidosa do trajecto. Cães e homens, gatos e heróis, pulgas e génios, brincamos a existir, sem pensar nisso (que os melhores pensam só em pensar) sob o grande sossego das estrelas."

Fernando Pessoa, Obras em Prosa“Livro do Desassossego”Por Bernardo SoaresP. 285


Tanks God que existem os fernandos pessoas neste mundo e nesta vida. Uma vez sonhei com ele. Confidenciou-me que a vida é um absurdo.

sábado, 16 de maio de 2009

Os pombos sujam tudo!


Exceptuando os modernos mercados biológicos ao ar livre, existe apenas um único mercado municipal aberto e eu tenho a sorte de morar perto dele. Dez minutos a pé e estou lá. É muito pequeno, mas tem tudo o que é preciso: uma meia dúzia de bancas de legumes e fruta, uma florista, havia duas de peixe, só tenho visto uma e ainda duas tendas de roupas.
Agora vou fazer de conta que sou Woody Allen e que estou a escrever um argumento.
Exterior. Mercado. Dia.
Sábado ao final da manhã. Muita gente na praça. Quatro pessoas na fila para pagar na banca de legumes. Um pombo depenica com gosto uma talhada de abóbora. Zoe observa-o divertida e só lamenta a máquina esquecida em casa. Finalmente a vendedora dá-se conta, enxota o pombo e cobre a abóbora com um pano.
Vendedora: Era o que faltava!
Senhora Que-Falava-Achim: Os pombos transjemitem muitas doenchas!
Zoe: Ah, sim? Quais? O cancro, AVCs, doenças cardio-vasculares?
Senhor Que-Parecia-Um-Doutor: Transmitem sim. Eu sou alérgico a pombos.
Zoe: E, eu sou alérgica ao pólen, então as árvores e as flores também transmitem muitas doenças...Silêncio na fila.
Senhora que Que Falava-Achim: Foi uma médica à televijão dijer…que os pombos transjemitem muitas doenchas…
Zoe: Isso são pessoas que não gostam de pombos.
Entretanto o senhor Que-Parecia-Um-Doutor colara um sorriso de superioridade complacente e a senhora Que-Falava-Achim achou que não valia a pena estar a discutir!!!! A vendedora, espertalhona, mantivera-se em silêncio, não fosse Zoe virar costas e ir comprar as hortaliças na vizinha do lado.
Zoe (já a falar sozinha) Doenças! Então em Veneza está tudo doente!

Pronto. Já acabou a cena.

Já me começa a chatear esta perseguição sistemática contra os pombos e a doenças que transmitem, até já ouvi varíola ou difteria. Então, quando foi a fobia da gripe das aves é que era perseguição. Pessoalmente acho-os lindos, e guardo todas as migalhas e restos de pão para lhes dar, mas eu sou suspeitíssima, pois gosto de tudo o que seja animal não-humano. O que me incomoda é a sujidade mental das pessoas, a imbecilidade, a iletracia, a ignorância, a xenofobia, a homofobia, and so on, and so on… A sujidade dos pombos lava-se com um esfregão de palha de aço (digo eu...) agora como se pode esfregar a estupidez do cérebro de certas pessoas?

Os pombos sujam tudo:












As fotos são do moi-je e muito, muito fáceis de arranjar...



P.S. Agora, relativamente às migalhas e tal, não me rogem mais pragas, que eu e o meu computador já sofremos muito!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Casal do ano

Foi eleito (por mim) o casal do ano: a Bimby e o Twitter!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Manif. anti-touradas e debate na televisão

Salva os touros portugueses, espanhóis, norugueses, tajiques, dos toureiros tajiques, noruegueses, espanhóis, portugueses. Para quem quiser ir, é a partir das 19h3om no Campo Pequeno.
À noite, na Sic, no Aqui e Agora, o debate sobre animais de estimação.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Maddie

Apesar de já estar bastante enjoada deste caso e de toda a gente que já se encheu à custa dele, não deixei de ver, muito por alto (a fazer três coisas ao mesmo tempo...)__mais uma vez__, o quadragésimo quinto documentário ou décima segunda entrevista exclusiva sobre o caso. A minha intuição ainda não conseguiu declará-los culpados ou inocentes. Existe uma opacidade à volta de toda esta história que não me permite emitir um veredicto. Não sou daquelas que dizem agora que aquela mãe nunca as enganou. É mentira. Se eles enganaram, enganaram toda a gente. Toda a gente se emocionou, chorou e acreditou. Depois, quando Kate McCan foi constituída arguida deu-se o volt face, e os beijinhos e abraços transformaram-se na rua em insultos e apupos à porta das instâncias ocupadas dos inquéritos. Um clássico. Não sei se estes pais estão isentos de culpa, mas há uma coisa que nunca percebi: porque razão nunca foram eles acusados de negligência por quem quer que seja. Por uma Segurança Social, por exemplo. Deixar três crianças de três e dois anos sozinhas, não é crime? Não lhes deveria ter sido instaurado um processo? Não deveriam ter sido julgados por isso? Fossem eles do Bairro do Aleixo, da Quinta da Bela Vista ou do Bairro da Fonte, e tivessem ido para o café beber umas imperiais, e tivesse acontecido o mesmo que à menina inglesa, logo seriam etiquetados de grunhos, irresponsáveis, débeis mentais, negligentes e logo viriam as zelosas assistentes da nossa Segurança Social retirar-lhe (aqui, muito justamente) os irmãos gémeos. Mas, a eles nada lhes aconteceu.
Ando particularmente interessada em questões de justiça, pois fui escolhida __aleatoriamente__, para fazer parte de um jurado num processo judicial de uma determinada vara criminal da comarca de Lisboa. Ora, nada sei sobre o papel dos jurados no nosso sistema judicial e ando a preparar-me para a ocasião. A nossa justiça segue um modelo anglo-saxónico, e não o modelo americano em que cabe aos jurados a última palavra. Quem não se lembra dos filmes americanos com advogados espertalhões apelando ao coração e à sensibilidade dos jurados, levando-os a inocentar um criminoso ou a mandar para a cadeira eléctrica um inocente, como aconteceu no famoso Caso Rosenberg (EUA, 1950-1953)? No nosso sistema, cabe ao juíz o veredicto final. E, acho bem. Andaram a estudar Direito e não se deixarão levar tão facilmente por advogados sabidões (digo eu...). Já tenho a referência dos artigos do Código de Processo Penal e da Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais. Falta lê-los... Um dos meus objectivos de vida é para APRENDER. Com quem quer que seja, onde quer que seja...por isso aqui tenho uma bela oportunidade de ficar a saber algo sobre o nosso sistema de justiça. Depois conto-vos como foi.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Manif. Anti-Tourada

Para quem quiser mostrar o seu repúdio e indignação perante este espectáculo bárbaro e desumano, a Animal convocou uma manifestação no Campo Pequeno, na próxima 5ª feira, 14 de Maio, a partir das 19h30m. E, esqueçam o medo de parecerem ridículos ou de serem alvo de baixa chacota.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Boneca

Esta é a Boneca.
Uma espertíssima sobrevivente de rua. Deve ter uns dez anos e um tumor mamário do tamanho de um balão. Mas, de barbie ela não tem nada. É muito arisca e sopra-nos sem pedir licença! Nunca conseguimos fazer-lhe uma festa ou chegar muito perto dela. Isto significa que apanhá-la e levá-la ao veterinário é uma missão que se revela impossível, o que nos deixa muito desgostosas.
Para complicar a situação, desde sexta-feira que o "balão" deu sinais de começar a rebentar e ela anda a sangrar por todo o lado, uma espécie de sangue aguado, pinga aqui, pinga ali, e para mal dos nossos pecados, resolveu escolher o assento de motas estacionadas na praceta para passar as noites. Imaginem sábado de manhã, quando encontrei um assento todo sujo de sangue! Agora, à noite, colocamos plásticos em cima dos assentos e que retiramos de manhã. Sou uma mulher à beira de um ataque de nervos. Já não basta não podermos fazer nada por ela, como ainda temos de ter em conta a hipótese de algum cidadão de mota suja chamar a carrinha da câmara! Valha-me São Francisco!

Preto Cabeçudo


Obrigada a todos que se preocupam com a saúde e bem-estar do Preto Cabeçudo, cuja recuperação será longa. Ainda temos pela frente um longo mês de antibiótico, pomadas, pingos e mais pomadas. Ei-lo, deprimidíssimo...



Flor

Seria muito injusto não publicar uma foto da Flor, pois o Nani já conta com duas e a Brigitte com uma. A Flor __é a que está a espreitar__, é irmã deles, muito franzina, mas divertida, brincalhona e muito, muito destemida. No chão, a olhar para ela, é o nosso Nani.
Todos eles são filhos, netos ou bisnetos do Preto Cabeçudo que agora está em minha casa em tratamento. Ou então do Zorro.

domingo, 10 de maio de 2009

Hoje é domingo


A pedido de várias famílias, aliás foi só uma, hoje vou só publicar fotografias. Minhas.




São duas árvores distintas e dois gatos diferentes. Na foto de cima é o já vosso conhecido Nani (o do banco de jardim, que já teve direito a um poema). Na foto de baixo é a Brigitte. São manos e dão-se bem.

sábado, 9 de maio de 2009

Manuel Alegre e os contentores

A propósito de contentores, lembrei-me de Manuel Alegre __aquele que à 2ª, 4ª, e 6ª é do PS, à 3ª, 5ª e sábado é uma referência histórica, e ao domingo, como tem voz grossa e é muito viril, vai à caça__, que também assinou a petição sobre a posição dos contentores e que a esse propósito escreveu mesmo um fado que é de rir às lágrimas, e que passo a transcrever.

Fado dos Contentores

Já ninguém parte do Tejo
Para dobrar bojadores
Agora olho e só vejo
Contentores contentores.


E do Martinho Pessoa
Já não veria o vapor
Veria a sua Lisboa
Fechada num contentor.



Por mais que busques defronte
Nem ilhas praias ou flores
Não há mar nem horizonte
Só contentores contentores.



Lisboa não tem paisagem
Já não há navegadores
Nem sol nem sul nem viagem
Só contentores contentores.


Entre o passado e o futuro
Em Lisboa de mil cores
O sonho bate num muro
De contentores contentores.


Por isso vamos cantar
O fado das nossas dores
E com ele derrubar
O muro dos contentores.


Gosto particularmente da terceira quadra: por mais que eu busque defronte, nem ilhas...mas, que ilhas é que eu vejo agora do Terreiro do Paço: Cacilhas, Barreiro? Nem praias...Que praias é que eu vejo agora do Cais do Sodré? Trafaria? Cova do Vapor? E, as flores, onde estão, onde, não vejo nada!
Isto (Miguel Sousa Tavares, Manuel Alegre) é que são homens com O maiúsculo e defensores de causas nobres!

P.S. Pergunto

ao vento que passa

Notícias daquela perdiz

[que eu andava a caçar]

E o vento...

Nada me diz...

Ainda Miguel Sousa Tavares e os contentores

Relativamente ao post anterior que parece um pouco descontextualizado, passo a explicar. A origem do mesmo encontra-se nos comentários de MST sobre a proibição dos animais selvagens nos circos, na 5ª à noite na TVI. Como não vi esse telejornal, procurei nos videos informativos no site dessa estação televisiva, não encontrei, mas acredito em quem viu e me contou que a páginas tantas disse o MST que os activistas dos direitos dos animais não devem ter mais nada para fazer e então inventam causas contra touradas, contra animais em circos, etc. Ora, dá vontade de rir, se nos lembrarmos que a última causa que o MST se empenhou a fundo, foi no movimento de cidadãos contra a ampliação do terminal dos contentores de Alcântara!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Miguel Sousa Tavares e os contentores

Sinceramente não esperava que fosse aprovada a proibição da utilização de animais selvagens nos circos. Há demasiados interesses económicos em jogo. Ou então, os deputados tiveram foi medo das chicotadas com que o sr. Cardinalli treina os seus animais!!!!
Sobre a TVI e os comentários de MST sobre a proibição de animais nos circos, emitiu a Animal um longo comunicado publicado no seu blog:
Quanto ao caçador e aficionado MST, só me ocorre uma pergunta: então ele não tem mais nada para fazer senão defender causas sobre a posição dos contentores?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Preto Cabeçudo


Vocês não me perguntam como ele está, mas eu digo-vos na mesma! Deve estar: deprimido, desacorçoado, chateado...

Circos sem animais e manifestação anti-tourada


A Assembleia da República vai debater esta tarde a proibição de animais selvagens nos circos, com um protesto marcado pela Acção Animal e pela LPDA, frente ao Parlamento.
Pessoalmente acrescentaria também a proibição de animais domésticos.
OUTRA NOTÍCIA:
Mais tarde, a partir das 19h30m e até às 22h30m, está marcada uma manifestação, em frente à Praça de Touros do Campo Pequeno, contra o início da época tauromáquica em Lisboa e pelo fim das touradas, convocada pela Animal.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Gripe A


Abrem os noticiários com. É a gripe A para aqui, gripe A para ali. Máscaras de protecção e o vírus que se desloca para sul. Para a África do sul? Para o Algarve? Para o Chile?
Para já, para já, não compreendo como é que se vai chamar ao último vírus encontrado gripe A. Então, o que vier a seguir será chamado de gripe A menos um; e depois, a seguir Gripa A menos dois? Ou, pensaram (quem o nomeou) que este seria o último dos vírus, à semelhança do último dos moicanos?
Mas, não se preocupem. Portugal está preparado. Para mandar as análises para Londres, cujos resultados chegam 48h depois. De Inglaterra estamos sempre à espera de alguma coisa: ou é dos cães pisteiros, ou dos velhotes jogadores de golf, ou dos turistas que encham o Algarve, ou que nos comprem jogadores que hão-de ser o melhor do mundo, ou que contratem treinadores giraços, ou do resultado das análises do H1N1. D. Sebastião há-de vir de lá. Pelo canal da Mancha. É melhor. Porque se vem de avião, é capaz de ter meia dúzia de energúmenos a insultá-lo no Aeroporto.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Vasco Granja

Pode alguém não saber quem é Vasco Granja? Alguém se tinha esquecido dele?

Mariza e Lenny Kravitz, juntos em concerto, hoje no Pavilhão Atlântico

Reinam no nosso país (e nos outros também, com certeza...) umas opiniões, por assim dizer institucionalizadas, em que não podemos dizer que não gostamos da Mariza (ou do Cristiano Ronaldo e assim por aí adiante) sem corrermos o risco de sermos excomungados.
O quê? Não gostas da Mariza??? A sucessora da Amália??
Pois, é verdade, não gosto de ouvir cantar a Mariza. E, até poderia nem gostar de fado. Teria todo o direito. E, isso de sucessões tem muito que se lhe diga. O fado não é nenhuma monarquia. Mas, vá lá, o sucessor da Amália chama-se: Camané! Isso sim, quando ele canta, num primeiro momento faz-se aquele silêncio absoluto em que os franceses dizem que vai um anjo a passar e, depois uma pessoa tem de parar tudo o que está a fazer, porque o Camané canta lá do fundo das entranhas, e tudo estremece. Com a Mariza não sinto qualquer emoção. Pode ela começar a cantar, que eu continuo a descascar as cenouras para a sopa, a limpar a casa de banho dos gatos ou a estender roupa. Ah! Mas, ela canta muito bem, dizem-me! Pois canta, acrescento eu. Mas, a Celine Dion também. E, é só ela começar a abrir a boca, que tenho imediatamente de desligar a telefonia! É uma das minhas embirrações de estimação. A Mariza canta de facto muito bem, é tecnicamente perfeita (digo eu, que não sei distinguir um tom de um meio-tom) nenhuma nota está fora do sítio, mas não sinto nada. Tem presença em palco! Dizem-me. Poderá ter, mas aqueles fatos de dama antiga assinados João Rôlo retiram-lhe toda a magia e poder.
Já a Ana Moura é outra coisa: tem feeling e profundidade. A Mafalda Arnauth também. E, a Maria Fernandes! Quem é? É uma amiga minha fadista, holandesa, (não luso descendente) de seu nome Liesbeth Pieterse Van Heijningen (Maria Fernandes é nome artístico) que vive em Alphen a/d Rijen, uma pequena cidade perto de Amesterdão. Claro que não acreditam, por isso envio-vos para:
A banda que a acompanha: Os Solitários, são __logo se lhes tira a pinta__ holandeses.
Com isto tudo até parece que sou fanática de fado. Pas du tout! O fado na minha vida é como o sal na na minha comida: não pode ser em excesso. Como tudo, dir-me-ão. Não, não. Posso ouvir até à exaustão: Gainsbourg, Barbara, Betânia, Humanos, Variações...
Mas, a minha relação amor-ódio com o fado fica para outras inspirações, porque tem muito que se lhe diga. Por hoje fica a minha paixão assolapada pelo Camané, a referência à minha querida Liesbeth e a pequena embirração" (não muita) pela interpretação da Mariza. Ah, pois, já me esquecia. A Mariza e o Kenny Kravitz, juntos e ao vivo no Pavilhão Atlântico.
Parece-me, que quando a Ana Moura actuou no concerto dos Rolling Stones em Portugal a notícia passou mais desapercebida e menos publicitada. Parece-me.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Passagem do Tempo...

"Passagem do tempo por um banco" do jardim da minha praceta...

Vida Eterna

A vida eterna são os filhos, os netos, os bisnetos e os descendentes.
A vida eterna é continuar a regar as flores e as plantas que eram da nossa mãe, a lavar à mão as toalhas de linho e continuar a limpar o pó dos livros que eram do nosso pai.
A vida eterna é pormos aos nossos filhos os nomes dos antepassados que amamos.

domingo, 3 de maio de 2009

Dia da Mãe ( II )

Já não tenho mãe, mas também não sou mãe.

Dia da Mãe ( I )

Queria escrever qualquer coisa em homenagem da minha mãe que já não tenho, mas é só vazio total. Dizer qualquer coisa: que era corajosa. Trabalhadora. Lutadora. que nos deu a vida. Que nos deu a possibilidade de estudarmos. Que podíamos contar sempre com ela. Que era mesmo Mãe. Mas, nada me sai. Ainda bem que existem os outros. O poema que a seguir transcrevo é da autoria de Nuno Guerreiro e foi publicado no seu blogue: Rua da Judiaria. Obrigada por ele conseguir dizer o que não consigo.
À minha mãe
Procuro,
folheio livros e livros,
em busca de um poema,
de um parágrafo, de uma frase,que me falasse de ti
sem que eu tivesse que procurar-te
nas minhas entranhas.
Celan, Heine e Ginsberg não te conheceram,
e nem nos seus mais tristes versos
contam a falta que me fazes.
Mas as palavras dos outros são sempre
mais fáceis. Mais distantes.
Procurei,
em livros e livros,
um poema, um parágrafo, uma frase,
que me resguardasse da mágoa,
como janela de vidro protegendo o rosto
da chuva.
Mas nada do que leio
chega para contar o que sinto.
I miss you
Perco-te. Perdi-te.
Mais do que saudade, que a saudade,
a dor verdadeira está na eternidadeda tua ausência. I miss you
Perco-te. Perdi-te.
Nada que eu faça — nem que galgue quilómetros,
nem que nade o Atlântico — fará com que
me beijes novamente a testa,
que me chames outra vez filhote.
Fecho os livros. Não há poemas
que me possam abrigar a ferida em chaga
que faz hoje dois anos se me abriu na alma.
Com o rosto molhado de lágrimas, desvio
o olhar para a janela. Fixando as luzes da cidade
sob o fundo negro do céu e do rio, vejo o teu rosto
como se estivesses ao meu lado.
Instintivamente levo as mãos aos olhos,
para os secar.
Não quero que me vejas chorar.
N.G.J. New York, 26 de Novembro de 2008.

À porta da União Zoófila, dia 8, às 14h

«É sempre bonito quando se prova que o Twitter pode ser muito mais do que a ferramenta social da moda e o lugar onde pessoas com demasiado tempo nas mãos debitam banalidades. O André Toscano e o João Lúcio, baseando-se nas notícias dramáticas da semana passada que davam conta dos problemas de sobrelotação e falta de dinheiro e alimentos com que a União Zoófila se debate, resolveram criar, no Twitter, o movimento Petfood Showdown. A coisa começou no Twitter mas vai ter um efeito prático, directo, fora da Internet, com um encontro no dia 8 de Maio (de hoje a oito dias, portanto) à porta da União Zoófila, em Lisboa, às 14 horas, para a entrega de alimentos nas instalações da organização. Eles convidaram-me para a iniciativa e eu disse logo que sim - e aproveitei para gravar, com o André, uma mensagem video onde, apesar do extremo e indisfarçável cansaço com que tento articular as palavras no fim de um longo dia de trabalho, consegui falar de como o amor pelos animais nunca deve ser trocado pela solução mais fácil. E eu sei do que falo - a vida não é fácil com o maluco do Sharik (tem repentes de agressividade; quer ser o dominante cá da casa e um dia destes, na nossa ausência, brindou-nos com uma tenebrosa mijadela em cima da cama) e aqui há tempos, pensando como tudo vai ser mais complicado com um bebé aqui em casa, considerei seriamente a possibilidade de o entregar aos cuidados da União Zoófila. O que, dados os problemas que eles têm, seria uma solução profundamente idiota da minha parte e da qual, em boa hora, desisti. Um animal pode dar um trabalho do caraças, mas é um compromisso que nos faz mais humanos.

E quem não quer adoptar um cão ou um gato, pelo menos poderia fazer alguma coisa pelos que se amontoam na União Zoófila e juntar-se a nós para o Petfood Showdown. Todas as instruções (e a tal mensagem video, onde eu estou tão estafado que digo que aquilo vai ser no dia 10 - felizmente há uma legenda a corrigir-me - obrigado, André) estão no site oficial da iniciativa

Texto de Nuno Markl e retirado do blog: "Há vida em Markl"

sábado, 2 de maio de 2009

Feira do Livro


Muita promessa de novidade, blogue, twitter, facebook, só inovações. Eu cá achei tudo mais do mesmo: a "praça" Leya apertadérrima com vontade de sair de lá a correr, a fila de sempre para António Lobo Antunes, escritores para autógrafos às moscas, labradores beges, caniches brancos, carrinhos de bebé, pais a comer gelados, Pedro Rolo Duarte e o seu Descendente-Maria, os livros do dia com descontos de 0,5%. Enfim, hoje fui só em "reportagem fotográfica". Portanto, as três fotos são minhas.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Maio de 1886, em Chicago


Não fiquei nada surpreendida com as imagens de violência em algumas cidades do mundo nas comemorações do 1º de Maio. Afinal, que motivos dão o desemprego, a precariedade e a instabilidade para as pessoas festejarem o que quer que seja?
Porém, não foi o descontentamento que empurrou e insultou Vital Moreira, mas sim a intolerância e o sectarismo, e isso parece-me bastante lamentável.
Quanto a mim, tive uma dor de cabeça daquelas que mal conseguimos abrir os olhos!