domingo, 14 de junho de 2009

Allen Ginsberg

Há alturas de Khalil Gibran, tardes de Elizabeth Barret Browning, noites de Sylvia Plath, hoje só me apetece é o Uivo de Allen Ginsberg. Deixo-vos o Salmo 3º

Dirigido a Deus: para que ilumine todos os homens. A começar
pelos de Ski Road.
Para que o cruzamento da Avenida Central com a Avenida
Washington se transforme num local mais alto, na Praça da
Eternidade.
Para que ilumine os soldadores dos estaleiros navais com o brilho
dos seus maçaricos.
Para que o maquinista do guindaste erga o braço, numa saudação
festiva.
Para que os ascensores ranjam e falem, subindo e desecendo no seu espanto.
Para que a misericórdia da direcção em que cresce a flor, chame,
por acenos, a atenção do nosso olhar.
para que a flor que cresce em linha recta indique na rectidão o seu
propósito __a procura da luz.
Para que a curvatura e a rectidão indiquem a luz.
Para que o Puget Sound seja uma descarga de luz.
Alimento-me do teu Nome como uma barata se alimenta do de uma
migalha __esta barata é sagrada.

Seattle, 1956

2 comentários:

Myriade disse...

Sei que Allen Ginsberg foi um discipulo de Chögyam Trungpa, o fundador do budismo Shambhala que é uma versao do budismo adaptada ao estilo de vida occidental.

um beijinho é obrigadissima pelas coreccoes :))

Zoe disse...

olá Wolk
eu gosto do Allen Ginsberg porque ele é visceral, não sabia





olá wolk, boa noite
gosto do Allen Ginsberg porque ele é visceral...não sabia de quem ele era discipulo.
de nada, pelas correcções

beijinhos