domingo, 30 de agosto de 2009
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Tu tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
FERNANDO PESSOA
sábado, 29 de agosto de 2009
Em directo, da minha varanda.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Fundação Aristides de Sousa Mendes
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
TAKU-Naufragio(Fado)
Estão de volta os estrangeiros a cantar fado. Cá por mim, já tinha saudades do Taku.
Fernando Pessoa again e again
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.
domingo, 23 de agosto de 2009
Embirrações no cinema
- Sandra Bullock
- Julie Andrews
Não consigo ver um filme com estas meninas, nem que esteja de cama, num domingo de verão. É uma missão impossível.
sábado, 22 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Canil Municipal de Lisboa
Ex.mos. Senhores,
Enquanto munícipe de Lisboa, venho por este meio solicitar a V. Exs. a correcção definitiva e em larga escala da situação desumana e selvagem que se vive no canil/gatil municipal de Lisboa. Este canil não está sequer a cumprir a legislação nacional (DL-315/2003) e comunitária à qual é obrigado. Gostaria muito que V. Exs tornassem públicas as medidas concretas que pretendem tomar relativamente a este assunto, bem como o prazo para o cumprimento das mesmas.
É inaceitável que o único canil/gatil Municipal, apenas tenha acesso a quem tiver carro, pois o comum munícipe que utilizar transportes públicos tem que percorrer com risco de ser atropelado pela berma de uma estrada sem passeio ou outras condições durante cerca de 1,5 km, quando se poderia aceder pela parte de cima do canil, se aí se construísse um acesso que levaria directamente ás paragens de autocarro que servem o parque do Alvito! Para tal bastaria a construção de um percurso pedonal, em escada talvez até utilizando os toros provenientes da limpeza da mata adjacente, seria uma opção barata e muito ecológica, para além de permitir o acesso a todos os Munícipes!Esta situação, apesar da publicidade no site da CML , é por si, um factor de exclusão da maior parte da população em aceder aos serviços aí prestados!
Corrigir o modo de funcionamento do canil/gatil da CML é uma questão de princípio básico civilizacional. Diria mesmo uma questão de cultura e de humanismo.
Em finais de 2006 e já em 2007 muitos cidadãos denunciaram a desumanidade vivida no canil/gatil municipal de Lisboa, tendo-se testemunhado: . cães presos a pequenas correntes - por vezes presas em 2 elos -, que os impediam de se deitar, beber ou comer convenientemente; . recipientes de comida cheios de dejectos (diarreia) que só são limpos à hora estipulada para a limpeza e são deixados assim até à limpeza seguinte, que pode ser no outro dia; . cães de grande porte que mal cabem nas próprias boxes; . mangueiradas diárias de água gelada em TODOS os cães nas boxes, que ficam em pleno Inverno encharcados 24h por dia, adoecendo gravemente com pneumonia numa semana; . uma altíssima percentagem de animais saudáveis que adoecem em poucos dias;. falta de condições de higiene (e.g., sala dos gatos); . base de dados de animais muito deficiente e falta de campanhas para adopção em locais de grande acesso para a população; . gatos e cachorros mantidos em jaulas de metal minúsculas, sem luz, com paredes de metal e bases de grade (onde partem as patas que aí entalam com pânico); . gatas que dão à luz nestas mesmas "jaulas" sem qualquer conforto e recém nascidos espezinhadas pelos outros ocupantes provenientes de outras capturas;. animais mortos em caixotes a céu aberto;. inúmeros testemunhos de maus-tratos sobre animais, patentes nas feridas não tratadas; . um cão mantido numa cela há mais de 1 ano, com músculos atrofiados por não se poder movimentar e cujas unhas encaracoladas (de compridas) se cravavam nas almofadas das patas, o qual era pontapeado até à consulta por não conseguir andar;. eutanásia de animais nas próprias boxes;
Esta descrição continua actual hoje passados TRÊS ANOS, isto com a degradação do espaço e a sua utilização deficiente em comparação com o modelo/planta afixado à entrada das instalações onde até consta uma sala de estar para os Munícipes que aí se deslocassem isto fica bem no papel, pois na realidade aguarda-se junto ao portão por vezes horas, dependendo da afluência (e da pouca vontade dos funcionários), ao sol ou à chuva dependendo das condições climatéricas!!
Esta descrição não é compatível com a definição de canil municipal de um país europeu civilizado.É uma verdadeira vergonha para a capital de um país que neste momento tem até a presidência da União Europeia. A correcção desta situação é uma obrigação basilar de qualquer autarca. Há óptimos exemplos em Portugal e em muitos outros países que provam ser possível um modelo de gestão humano e condigno. É isso que defendo para o município de Lisboa.
Esperando uma atitude concreta e justa por parte de V. Exs., aguardo então a divulgação pública dos vossos planos de remodelação do canil/gatil da Câmara Municipal de Lisboa, a discussão pública deste assunto e a tomada de medidas concretas para corrigir esta situação.
Aguardando a vossa resposta
Nome: ...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Flor e contra-luz
domingo, 16 de agosto de 2009
Massa com sardinhas
sábado, 15 de agosto de 2009
Souzana & Eleni Vougioukli
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Boas notícias
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Maria Raducanu
terça-feira, 11 de agosto de 2009
NÉVOA - "Ofélia"
Continuando a série O Fado Não é Nosso, deixo-vos com a catalã Núria Piferrer, que adoptou o nome artístico de Névoa.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Ponto de exclamação
Poética Saudade Fado Belém Ai Mouraria en vivo Ollin Yoliztl
Depois do iconoclasta Mikami Kan que parecia estar com vontade de partir tudo o que encontrasse pela frente, deixo-vos com a clássica Marcela Ortiz, mexicana de nacionalidade.
domingo, 9 de agosto de 2009
Balada da Praia dos Cães
sábado, 8 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Mikami Kan
Mikami Kan, na continuação da série O fado não é nosso. Como continuo sem som não faço a mínima ideia do que o Mikami está a cantar e em que língua. O you tube refere fado em sub-título, mas isso não quer dizer nada. Ainda ouvi no meu trabalho, mas como ali quero poucas confianças, coloquei o som tão baixo que não deu para perceber nada. Mas, pareceu-me muito pouco ortodoxo e isso pareceu-me muito bem. Por isso cá vai.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Só me apetece é dizer asneiras
Masahiro Iizumi-Tudo isto é fado ( Fado)
Em memória da Brigitte, que teve uma vida interior e um destino. Como todos nós.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Adeus, Brigitte
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Trago fados nos Sentidos / Hideco Tsuquida / Fado
Já com a "maldição" do Adobe Flash Reader parcialmente levantada, __ embore eu continue sem som__, dá para publicar videos de novo, por isso está de volta a "série" "O Fado não é nosso" com a exuberante interpretação de Hideco Tsuquida.
Cada vez mais embirro com o sóbrio, o contido, o comedido, isto é, com o falso sóbrio, o falso contido, o falso comedido. Quando as pessoas não são sóbrias, contidas, comedidas e querem parecê-lo, pelas mais variadas razões __umas sei, outras deduzo, outras escapam-me__, é com isso que embirro. Por isso, gosto desta interpretação excessiva da nipónica Hideco.